Um pedreiro americano de 57 anos conseguiu se livrar dos fortes tremores causados por um quadro avançado de Parkinson depois de ser submetido a uma cirurgia de estimulação profunda do cérebro na University of Michigan, nos Estados Unidos. Os braços de Tom Keilen se retorciam de forma incontrolável e ele não respondia de forma satisfatória aos medicamentos geralmente prescritos para a doença.
Keilen recebeu o implante de um eletrodo com um fio fino no cérebro que produz sinais elétricos. A cirurgia foi bem-sucedida e eliminou quase completamente os tremores. Distúrbios de movimento como o Parkinson e o tremor essencial são muito mais comuns do que as pessoas pensam. De acordo com o professor do departamento de neurologia Kelvin Chou. até 5% da população é afetada por tremores essenciais e uma em cada mil tem mal de Parkinson. Na população acima dos 60 anos a média de Parkinson é 10 vezes maior, afetando uma em cada 100 pessoas.
Os medicamentos podem ser eficazes para cerca de 70% dos pacientes com tremor essencial e funcionar bem para aqueles com Parkinson. Mas, para muitos parkinsonianos, os sintomas pioram ou eles passam a não responder bem à medicação ao longo do tempo. "Quando um paciente é forçado a tomar medicamentos a cada duas horas ou quando os medicamentos não ajudam contra um tremor essencial, é aí que a estimulação cerebral profunda pode ser uma opção", disse Chou.
Os pacientes sentem uma transformação dramática na vida após a estimulação cerebral profunda. Segundo Keilen, " foi como um interruptor que desligou o tremor" .
"Estudos cuidadosos comparando a estimulação cerebral profunda ao uso da medicação por si só foram realizados. Esses estudos, particularmente na doença de Parkinson, mostraram que as melhorias na qualidade de vida dos pacientes cuidadosamente escolhidos e tratados com estimulação cerebral profunda são muito melhores do que as dos pacientes tratados somente com a medicação", disse o professor de neurocirurgia Parag Patil.
No procedimento, os eletrodos são colocados no cérebro enquanto o paciente está acordado e as reações dele são testadas na sala de cirurgia. O paciente é então colocado sob anestesia e os cirurgiões inserem um fio fino e flexível e um gerador de pulsos no peito. O fio permite que os sinais elétricos atinjam as áreas do cérebro necessárias.
"A estimulação cerebral profunda é como um marca-passo. O fio entra e cria um sinal elétrico que atua como uma espécie de metrônomo para manter o cérebro em ordem", explicou Patil.
Fonte: isaúde.net
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