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terça-feira, 5 de julho de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS

Redundância (Pleonasmo Vicioso)
Na língua portuguesa, existe uma parte da gramática denominada Vícios de Linguagem. São “vícios” cometidos por nós, muitas vezes, fazendo com que os nossos textos não fiquem de acordo com as normas gramaticais de nossa língua. Um destes vícios chama-se Pleonasmo Vicioso.

Pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste na redundância (repetição) de uma expressão com a finalidade de reforçar a mensagem. Citamos, como exemplo, uma frase de uma das obras de Miguel de Cervantes: “A mim me parece que o senhor se engana”. Observe a repetição do “me” diante do “mim”; para reforçar a ideia da mensagem, houve esta repetição sem ferir a norma culta.
Porém, o Pleonasmo Vicioso consiste na repetição desnecessária de uma expressão dentro de uma frase. Observe estes exemplos:

O vereador municipal disse que as contas municipais apresentaram um superávit positivo (vereador já é do município e superávit indica positividade).

O documento segue anexo junto à carta (a palavra “anexo” significa “que se junta”, portanto, não precisa repetir a palavra “junto”).

Precisamos encarar de frente os problemas (encarar significa “olhar de cara ou de frente”, então, pra que usar a expressão “de frente”?).

Faça sua assinatura e ganhe grátis um relógio (ganhar e grátis praticamente são sinônimos; não precisa, portanto, repetir a palavra “grátis”).


Para tirar o carro da garagem, primeiro, dê uma para trás (preciso dizer alguma coisa?).
Outros exemplos de pleonasmos viciosos:
- Entrar para dentro - Sair para fora
- Abertura inaugural
- Abusar demais
- Acabamento final
- Agrupados conjuntamente
- A seu critério pessoal - Cada indivíduo isoladamente
- Certeza absoluta
- Conviver junto
- Elo de ligação
- Em minha própria opinião pessoal - Planejamento antecipado
- Repetir outra vez
- Retornar de novo
- Surpresa inesperada
   
Devem ser evitadas.
1. “O empate acabou acontecendo no intervalo entre as expulsões.” (= Basta: “O empate acabou acontecendo entre as expulsões”);
 
2. “Deve usar dados estatísticos para consultas e pesquisas, como, por exemplo, o total de gols marcados na última Copa do Mundo.” (= Basta: “…como o total de gols marcados na última Copa do Mundo”);
 
3. “Ele acha que a atleta está sendo muito exigente consigo mesma.” (= Basta: “Ele acha que a atleta está sendo muito exigente consigo”);
4. “O técnico vai manter o mesmo time no jogo contra o Vasco.” (= Basta manter o time);
 
5. “O contrato foi assinado com o consenso de todos os envolvidos.” (= Basta consenso dos envolvidos);
 
6. “Foi contratado para ser a ponte de ligação da defesa com o ataque.” (= Basta: “Foi contratado para ser a ponte ou fazer a ligação …”);
 
7. “Não foge ao fato concreto de que sem Ronaldo não poderia nem sonhar.” ( fato real, fato verídico, fato acontecido também são redundâncias – basta dizer fato);
 
8. “Há muito tempo atrás, li num jornal.” (= Basta: “Há muito tempo, li num jornal”);
 
9. “Ele, nas duplas, não perdeu nem um set sequer.” (= Basta: “Ele, nas duplas, não perdeu um set sequer”);
 
10. “Fernando Henrique fez uma previsão otimista para o futuro.” (=Basta: “…fez uma previsão otimista”);
 
11. “O resultado do laudo, realizado pela Unicamp, será fornecido em uma semana.” (= Basta: “O laudo, realizado pela Unicamp, será…”);
 
12. “Esta cerca divide a Coreia em duas metades.” (= Basta: “…divide a Coreia em duas” ou “divide a Coreia ao meio”);
 
13. “O atacante tem de encarar de frente os zagueiros” (= Basta: “…encarar os zagueiros”).
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