Uma nova estratégia para quantificar os níveis de titânio no sangue de pacientes equipados com implantes ortopédicos confeccionados com este material foi apresentado na revista Analytical and Bioanalytical Chemistry. A cientista Yoana Nuevo-Ordó?ez e colegas do grupo de pesquisa Sanz-Medel da Universidade de Oviedo na Espanha, desenvolveram um método altamente preciso para determinar os níveis de titânio no sangue, estabelecendo uma linha de base para os níveis naturais de titânio em indivíduos não tratados, bem como medição em pacientes com implantes cirúrgicos.
Os implantes de titânio são rotineiramente usados ??para fraturas ósseas e no tratamento dentário. Recentemente, foi demonstrado que implantes a base de titânio podem se corroer e gerar resíduos metálicos. Há uma preocupação sobre o aumento das concentrações de metais circulando no sangue, uma vez que isso pode causar efeitos nocivos ao longo do de tempo, incluindo lesões hepáticas e renais. A avaliação das implicações desses desvios é essencial para medir com precisão os níveis normais de titânio na corrente sanguínea, bem como quantificar os prováveis níveis mais altos em pacientes com implantes.
A equipe de Nuevo-Ordó?ez coletou sangue de 40 indivíduos saudáveis ??e 37 pacientes com implantes de titânio - sendo 15 implantes na tíbia, oito no fêmur e 14 no úmero (oito internos e seis de fixação externa). Eles usaram um método baseado na análise da diluição de isótopos e na espectrometria de massa (IDA-ICP-MS) para analisar as amostras de sangue.
Os pesquisadores descobriram que as concentrações de titânio foram significativamente maiores no sangue de indivíduos com implantes em relação ao grupo de não implantados. O método foi tão preciso que a análise foi capaz de mostrar diferenças significativas nos níveis de titânio para diferentes tipos de dispositivos de fixação óssea. Os implantes mais invasivos lançam mais detritos metálicos no sangue do que os externos. O trabalho também identificou como o titânio que constitui o implante é transportado pelo sangue e distribuído na corrente sanguínea.
Os autores concluem que "a simplicidade da metodologia baseada na análise de isótopos de diluição e a exatidão e precisão dos resultados obtidos devem servir de incentivo para o uso dessa estratégia".
Fonte: isaude.net
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