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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Anvisa propõe normas para clínicas de laparoscopia do país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou em consulta pública um conjunto de novas regras para melhorar a segurança das clínicas de laparoscopia - exame realizado com uma microcâmera capaz de mostrar toda a cavidade abdominal. O procedimento consiste em introduzir, por uma incisão feita na barriga, uma canula finíssima que perfura a parede uterina.

O texto, discutido durante um ano com representantes de várias especialidades médicas, define, por exemplo, como deve ser feito o procedimento de limpeza dos instrumentos usados. Quando a desinfecção não é feita da forma adequada, o paciente fica exposto a uma série de infecções, como hepatites B e C. "Ha muitas clínicas ruins, que não observam regras básicas de segurança com o material", avisa o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, o gastroenterologista Flavio Egima.

"Um profissional trabalhando em esquema de mutirão realizou em um único dia mais de 30 exames de colonoscopia com apenas um aparelho", exemplifica Fabiana Sousa, especialista em vigilância sanitária da Anvisa. Nesse caso, se as técnicas de desinfecção tivessem sido adotadas, ele teria levado pelo menos 40 minutos entre um procedimento e outro.

A colonoscopia é o exame feito por endoscopia para identificar problemas no reto e no intestino grosso. Egima diz que nem todas as clínicas que fazem o exame seguem as medidas de limpeza, que vão da lavagem cuidadosa do endoscópio ao uso de um produto saneante, encarregado de eliminar os micro-organismos.

No Brasil, não há estudos sobre infecções contraídas durante laparoscopia. Dados internacionais estimam que o risco é de 1 caso a cada 1 milhão de exames. "Mas essa estatística deve ser analisada com cuidado, porque é difícil comprovar a relação entre infecção e exame", adverte Fabiana. Muitas vezes, o paciente descobre a infecção tempos depois da realização do exame. Por isso, se esquece de fazer uma relação entre causa e efeito.


A resolução traz normas específicas sobre a infraestrutura dos serviços. As regras variam de acordo com a complexidade do procedimento. Nas clínicas em que o paciente não precisa ser sedado, a infraestrutura é mais simples. Naquelas em que o paciente tem de receber anestesia, as exigências são
maiores. As regras propostas pela resolução ficarão em consulta pública durante 60 dias.
Fonte:Veja

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