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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS

VERBOS
O uso dos verbos sempre merece atenção especial. Hoje, temos duas observações a fazer:
1a) O abandono do modo subjuntivo.
É frequente ouvirmos:
“Acredito que ele vai ao jogo.”
“Eu acho que ele está de férias.”
Como são duas suposições, deveríamos usar o modo subjuntivo:
“Acredito que ele ao jogo.”
“Eu acho que ele esteja de férias.”
Pior que não usar o modo subjuntivo é usá-lo erradamente: “…que esteje de férias”, “…que ele seje convidado”.
Não esqueça que “coisas” do tipo esteje, teje, seje simplesmente não existem.
2a) A troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito do indicativo.
Observe:
“Se não chovesse, eu ia ao jogo.”
“Se fosse permitido, eu fazia o trabalho.”
É importante lembrar que há uma correspondência entre o pretérito imperfeito do subjuntivo (=chovesse, fosse) com o futuro do pretérito do indicativo (=iria, faria).
Deveríamos, portanto, dizer:
“Se não chovesse, eu iria ao jogo.”
“Se fosse permitido, eu faria o trabalho.”
Leitora quer saber se uso do pretérito imperfeito do indicativo em vez do futuro do pretérito é correto na linguagem informal.
O nosso problema é sempre reduzir o caso à história do certo ou errado. O que eu posso dizer é que o uso do pretérito imperfeito do indicativo (=ia, fazia, devia), em substituição ao futuro do pretérito do indicativo (=iria, faria, deveria), era frequente no português arcaico e ainda é muito usado no português de Portugal.
Aqui no Brasil, é uma característica da nossa linguagem coloquial (=linguagem informal). Sugiro que evitemos em textos formais.

SENÃO ou SE NÃO?
Atendendo a pedidos, estamos voltando ao assunto.
1o) SE NÃO = se (conjunção condicional = caso) + não (advérbio de negação):
Se não houver dinheiro, cancelaremos o projeto.” (=Caso não haja dinheiro);
“Ele será demitido, se não apresentar uma boa justificativa.” (=caso não apresente uma boa justificativa).
“Assine o contrato hoje, se não, perderemos o prazo.” (antes de vírgula = caso não assine/ caso contrário).
2o) Usaremos SENÃO em três situações:
a)    SENÃO = mas sim, porém:
“Não era caso de expulsão, senão de advertência.” (=mas sim de advertência);
b)    SENÃO = apenas, somente:
“Não se ouviam senão os tambores.” (=Somente os tambores eram ouvidos);
c)    SENÃO = defeito, falha:
“Não houve um senão em sua apresentação.” (=Não houve falha alguma, nenhum defeito).
Fonte: G1

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Autismo não é problema 'meramente pediátrico', diz pesquisador brasileiro

O biólogo brasileiro Alysson Muotri, que trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, esteve em São Paulo nesta segunda-feira (26) para dar uma palestra a um grupo formado por pais de autistas e médicos que tratam pacientes desse tipo. O evento foi promovido pela associação Autismo e Realidade.

O laboratório de Muotri é especializado nas pesquisas sobre os transtornos do espectro autista, como é conhecido o conjunto de condições que provocam sintomas semelhantes, sobretudo a dificuldade no contato social. Em 2010, a equipe conseguiu, em laboratório, curar um neurônio que tinha a síndrome de Rett, uma das formas de autismo.

Como trabalha em laboratório, sem contato direto com pacientes, o biólogo aproveita palestras como essa para aprender sobre o outro lado do autismo. “Eu sempre tentei manter esse contato bem íntimo com os pais e com os médicos até para me educar, conhecer quais são os sintomas e os quadros clínicos. Com isso, eu vou pensando em tipos de ensaios celulares que eu consigo fazer a nível molecular”, disse o pesquisador.

Nos EUA, a relação com associações filantrópicas é ainda maior. Segundo ele, as doações que provêm de grupos como esse constituem “uma fonte importante de renda para a pesquisa”. “O Brasil não tem essa cultura”, contrapôs.

Segundo Muotri, investir na cura do autismo vale a pena não só pelas melhorias na vida dos pacientes, mas também pelo retorno econômico em longo prazo. Ele calculou que, ao longo da vida, um autista custa US$ 3,2 milhões, e ressaltou que cerca de 1% das crianças norte-americanas têm a disfunção – não há registro estatístico para o Brasil.

“As pessoas se enganam de achar que esse é um problema meramente pediátrico. As crianças vão crescer, vão ficar adultas e muitas delas vão ficar dependentes, dependentes de alguém. Nos EUA, a dependência é do estado”, argumentou o pesquisador.
 
O autismo
A genética por trás do autismo é complexa. Afinal, não se trata de uma doença, mas de várias síndromes. “A forma de herança é difícil de explicar. Não é um gene que passa de pai para filho. São 300 genes, há uma interação entre eles, se misturam a cada vez que isso é passado para uma geração”, explicou Muotri.

Por isso, quando pensa num potencial medicamento que possa levar à cura do autismo, o pesquisador deixa de lado a causa genética e prioriza o funcionamento dos neurônios. Nos autistas, a sinapse – ativação das redes neurais – não funciona da mesma maneira. A comunicação entre as células nervosas é menor e os transtornos são consequência disso.

No momento, sua equipe está procurando um remédio que possa melhorar esse funcionamento. Para isso, estão fazendo testes com microorganismos que vivem no fundo do mar, cuja composição química ajuda na interação com os neurônios. Outra opção são medicamentos feitos no passado para tratar outras doenças e não funcionaram, mas que podem dar certo nesse caso; a vantagem é que eles já têm aprovação prévia dos órgãos regulamentadores dos EUA.

Achar a substância certa é difícil, pois Muotri definiu o método de procura como “totalmente tentativa e erro”. “O que a gente chama de drogas candidatas são as que a gente já sabe que atuam na sinapse, mas elas podem não funcionar. Quanto mais a gente testar, melhor, aumenta a chance de a gente encontrar alguma coisa”, contou.

O autismo hoje não tem cura. Porém, em 5% dos casos, quando o diagnóstico é rápido e a variação é mais branda, as crianças conseguem eliminar a síndrome com acompanhamento psiquiátrico.
Fonte: G1

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

2ª Feira Virtual de Programas de Estágios e Trainees começa hoje

A 2ª Feira Virtual de Programas de Estágios e Trainees da Universia Brasil, em parceria com a Trabalhando.com, começa nesta segunda-feira (26). O evento em 3D reúne oportunidades de carreira de grandes empresas. Os universitários poderão visitar os estandes ao clique do mouse.

A 2ª edição da feira fica no ar até 10 de outubro e funciona 24 horas por dia. Nesse período, estudantes de todo país podem cadastrar o currículo e concorrer às vagas que o evento reúne. A expectativa, para este ano, é de 20 mil currículos cadastrados.

Estudantes podem fazer o teste de aptidão com uma instrutora virtual, que indica o percentual de aderência que o candidato tem com cada empresa participante da Feira.

A estrutura de navegação interna da feira simula a realidade. O internauta tem acesso a um número amplo de painéis de informação, com a possibilidade de ser atendido por representantes das empresas via skype. O candidato se inscreve uma vez para participar da feira e pode se candidatar em quantas oportunidades tiver interesse.  

O endereço para cadastro é http://feiravirtual.universia.com.br
Fonte: G1
 

sábado, 24 de setembro de 2011

Alimentos para lactentes e crianças ganham novas regras

As fórmulas infantis, que são destinadas à alimentação de lactentes e crianças na primeira infância, terão regras mais específicas. Na última quarta-feira (21/9), a Anvisa publicou quatro resoluções no Diário Oficial da União (DOU) que atualizam as normas brasileiras para a fabricação destas fórmulas. 

As normas publicadas referem-se às características de identidade e qualidade destes produtos e são resultado do processo de revisão técnica dos critérios de composição, incluindo limites mínimos e máximos das vitaminas e minerais permitidos nas formulações infantis. 

A primeira norma refere-se às fórmulas infantis para lactentes, produtos destinados às crianças de zero a seis meses de idade e que têm como objetivo satisfazer as necessidades nutricionais dos lactentes sadios durante os primeiros seis meses de vida. 

A segunda resolução é específica para as fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância, ou seja, um produto destinado aos bebês de seis meses até três anos de idade. 

Por último, também foram definidas regras específicas e mais atuais para as fórmulas infantis para lactentes e crianças de primeira infância que possuem necessidades dietoterápicas específicas, ou seja, têm restrições alimentares especiais como alergia à proteína ou ainda a intolerância à lactose. É importante destacar que as fórmulas infantis não substituem o leite materno e, portanto, só devem ser utilizadas na alimentação de crianças menores de um ano de idade, com indicação expressa de médico ou nutricionista. 

Uma das principais mudanças é o estabelecimento de limites máximos para todas as vitaminas e minerais permitidos nestes tipos de alimentos, pois nem todos esses nutrientes possuíam limites máximos definidos pela norma anterior. Determinadas substâncias também estão vedadas para utilização em fórmulas infantis como, por exemplo, a gordura hidrogenada e o mel, que não deve se ingerido por crianças com menos de um ano de idade. 

A quarta norma publicada nesta quinta-feira trata do uso de aditivos e coadjuvantes nas fórmulas infantis. A resolução traz uma lista dos aditivos que podem ser utilizados em fórmulas infantis por apresentarem segurança comprovada para este tipo de público. Os aditivos e coadjuvantes de tecnologia são necessários para a elaboração de alguns produtos, de acordo com o processo de fabricação. 

A publicação das resoluções é resultado da revisão da Portaria SVS/MS nº 977/98. O documento foi baseado nas novas referências utilizadas em todo o mundo para este tipo de produto e na atualização das normas do Codex Alimentarius, programa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e da Organização Mundial de Saúde (FAO/ONU). 

As resoluções também estabelecem novas frases de advertência para os rótulos de alimentos. Nos produtos para lactentes com presença de probióticos, por exemplo, deve constar: “Este produto contém probióticos e não deve ser consumido por lactentes prematuros, 
imunocomprometidos (com deficiências no sistema imunológico) ou com doenças do coração". Para se adequarem às regras sobre as formulas infantis, os fabricantes terão o prazo de 18 meses. Já para se adequarem à norma sobre aditivos e coadjuvantes, os fabricantes possuem o prazo de 180 dias. 

Leia as normas: 

• RDC 43/2011 - Regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes.
• RDC 44/2011 - Regulamento técnico para fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância.
• RDC 45/2011 - Regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes destinadas a necessidades dietoterápicas específicas e fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância destinadas a necessidades dietoterápicas específicas.
• RDC 46/2011 - Sobre aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia para fórmulas infantis destinadas a lactentes e crianças de primeira infância.

Fonte: Imprensa/Anvisa

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Adultos são principais fontes de transmissão da coqueluche a bebês

Médicos alertam que adultos e adolescentes estão fazendo crescer a transmissão da coqueluche a bebês e crianças nos últimos anos. A doença, que pode levar à morte especialmente os recém-nascidos, está voltando a ser encarada como um problema de saúde pública presente, inclusive no Brasil.

Estudos divulgados entre 2004 e 2007 na publicação médica "Pediatric Infectious Diseases" mostram que mães (33%), pais (16%), irmãos (19%) e avós (8%) são as principais fontes de transmissão da doença aos recém-nascidos, os mais vulneráveis às complicações trazidas pela doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 50 milhões de casos de coqueluche todos os anos, com cerca de 300 mil mortes. É a quinta maior causa de óbitos em crianças abaixo de 5 anos de idade entre as doenças combatidas por vacinas.

No Brasil, o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), órgão do Ministério da Saúde que contabiliza os casos de doenças, foram confirmados 593 casos de coqueluche em 2011. Desses, 451 ocorreram em crianças menores de um ano.

O estado de São Paulo foi palco de sete das 15 mortes registradas pela doença no mesmo período. Já o Rio de Janeiro presenciou dois casos. Os outros óbitos aconteceram em Roraima, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Infecção natural 
Umas das explicações para o retorno da doença é a diminuição drástica das infecções naturais nos países com campanhas fortes de vacinação. Quando a bactéria infecta a pessoa, ela costuma garantir até 15 anos de imunidade ao portador. Já as vacinas deixam o paciente livre do risco de infecções por apenas seis anos.

A principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação. Anticorpos contra a doença são criados quando é administrada a vacina tríplice bacteriana ou DTP - a sigla faz refefências à difteria, ao tétano e à pertússis, nome menos comum da coqueluche.

O programa de imunização básico para crianças no Brasil prevê três doses da tríplice, aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade. Doses extras de reforço ao calendário infantil são recomendadas aos 15 meses de idade e no período escolar (entre 4 e 6 anos).

Doença de criança, vacina em adulto
Segundo Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), um dos motivos para o recente avanço da coqueluche está no fato da população mais velha não saber direito se está ou não com a doença.

Como os sintomas costumam ser mais brandos, muitas vezes o diagnóstico de coqueluche pode passar batido para os mais velhos ou a doença ser confundida com outras complicações respiratórias. "Isso traz o problema das subnotificações", explica o médico."Mesmo que seja branda, a doença continua a passar para as pessoas e é muito perigosa para as crianças."

Para evitar o crescimento da doença, o médico defende que a vacinação seja estendida também a adolescentes e adultos como forma de evitar o contágio em crianças que ainda não foram completamente imunizadas.

"Antes, na década de 1980, a bactéria continuava a circular e a imunidade era expandida por mais tempo", explica o médico. Agora, o contato com a bactéria para a criação de anticorpos só acontece quando a vacina é administrada. "O ideal seria transformar as vacinas duplas para difteria e tétano, previstas no calendário para gente grande, e incluir a imunização para coqueluche", diz Kfouri, que também defende a vacinação para profissionais de saúde.

Tosse comprida
A bactéria responsável por transmitir a doença só afeta humanos e se chama Bordetella pertussis. Ela produz uma toxina que entra na corrente sanguínea e causa as tosses típicas da doença - intensas, que duram por mais de duas semanas e podem causar vômitos depois. Mesmo após meses, os ataques de tosse ainda podem persistir.

Nos casos mais críticos de tosse, o portador pode chegar a ter hemorragias - olhos ficam vermelhos pela presença de sangue. Ainda que menos comuns, há casos nos quais as costelas são quebradas com a intensidade das tosses e até mesmo a consciência pode ser perdida. As pneumonias podem dificultar a respiração das crianças e é comum infecções no ouvido.

O micro-organismo B. pertussis se aloja nos cílios do nariz e da faringe, partes que integram o sistema respiratório do corpo. Essa presença faz os cílios ficarem paralisados, tornando o local um ambiente ideal para o surgimento de outras doenças como a pneumonia bacteriana. A principal forma de contrair a doença é por meio de gotículas infectadas pela bactéria e que são aspiradas pelo doente.

Também conhecida como tosse comprida, a doença é mais grave em crianças até dois anos de idade. "Quanto mais nova a criança, pior será para ela enfrentar a coqueluche", diz Luiza Helena Arlant, pediatra e vice-presidente da Sociedade Latino-Americana de Infectologia Pediátrica (SLIPE). "O caso dos prematuros é ainda pior, pois eles não tiveram tempo de adquirir os anticorpos da mãe."

Os primeiros sintomas surgem entre 1 até 3 semanas após o contato inicial com a bactéria causadora da doença. Antibióticos como a eritromicina podem ser usados para prevenir crianças que tenham sido expostas à tosses típicas de coqueluche e como forma de combater as bactérias que já estejam agindo no organismo dos infectados.
Fonte: G1

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS


O uso do ponto e vírgula
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula.
Vejamos as situações em que o seu emprego é mais frequente:
1a) para separar os membros de um período longo, especialmente se um deles já estiver subdividido por vírgula:
“Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o ouvinte.”
“Nas sociedades anônimas ou limitadas existem problemas: nestas, porque a incidência de impostos é maior; naquelas, porque as responsabilidades são gerais.”
2a) para separar orações coordenadas adversativas (=porém, contudo, entretanto) e conclusivas (=portanto, logo, por conseguinte):
“Ele trabalha muito; não foi, porém, promovido.” (indica que a primeira pausa é maior, pois separa duas orações)
“Os empregados iriam todos; não havia necessidade, por conseguinte, de ficar alguém no pátio.”
3a) para separar os itens de uma explicação:
“A introdução dos computadores pode acarretar duas consequências: uma, de natureza econômica, é a redução de custos; a outra, de implicações sociais, é a demissão de funcionários.”
4a) para separar os itens de uma enumeração:
“Deveremos tratar, nesta reunião, dos seguintes assuntos:
a)    cursos a serem oferecidos, no próximo ano, a nossos empregados;
b)    objetivos a serem atingidos;
c)    metodologia de ensino e recursos audiovisuais;
d)    verba necessária.

Se dirigir, não beba; se beber, não dirija.
Em frente ao Hospital Pinel, no Rio de Janeiro, havia um painel luminoso da CET-Rio. Lá estava a seguinte mensagem:
“Se dirigir; não beba
se beber; não dirija”
Certamente o hospital não tem culpa alguma. Louco ou bêbado estava quem escreveu a tal frase. Não pela mensagem em si, mas pela pontuação da frase. Provavelmente alguém disse para o autor: “Olha, tem um ponto e vírgula aí.” E o “letrado”, por garantia, tascou logo dois.
Ora, onde encontramos o ponto e vírgula bastaria a vírgula, pois se trata de uma oração subordinada adverbial condicional deslocada: “Se dirigir, não beba”. O ponto e vírgula seria perfeito entre as duas ideias, apontando, assim, uma pausa maior que a vírgula:
“Se dirigir, não beba; se beber, não dirija.”
É essa uma das utilidades do ponto e vírgula: indicar uma pausa maior que a vírgula e não tão forte quanto o ponto-final.
Portanto, o autor da frase acaba de perder três pontos na sua carteira de habilitação, por uma infração média contra a gramática.
Depois que grandes escritores já confessaram que não têm segurança para usar o ponto e vírgula, não serei eu o louco que vai considerar o mau uso do ponto e vírgula uma infração gravíssima, a menos que isso prejudique os aposentados…

Mais ponto e vírgula
Alguns leitores insistem em perguntar a respeito do “ponto e vírgula da Previdência”.
Afinal, está certo ou errado?
Quanto ao uso do ponto e vírgula, a frase está correta. O problema é a interpretação.
Primeiro, vamos lembrar a tal frase que está no artigo 201 da reforma da Previdência:
“…é assegurada a aposentadoria no regime geral de Previdência Social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: 35 anos de contribuição, se homem e 30 anos, se mulher; 65 anos de idade, se homem e 60 anos, se mulher…”
Segundo alguns juristas, o ponto e vírgula após a palavra mulher teria a função de um “e”, tornando as exigências cumulativas. Para outros, o ponto e vírgula teria uma ideia de exclusão, ou seja, anos de contribuição ou anos de idade. As exigências não seriam cumulativas.
A interpretação de que as exigências são cumulativas (=ideia aditiva) é a mais provável. Numa enumeração, geralmente o ponto e vírgula tem valor aditivo (=e). Entretanto, o ponto e vírgula permite outras interpretações. Na frase “Se dirigir, não beba; se beber, não dirija”, o ponto e vírgula tem valor de “ou”.
Dizer que o ponto e vírgula tem sempre o valor aditivo(=que é sempre igual a “e”) é no mínimo uma afirmativa perigosa.
Na verdade, faltou clareza ao texto, o que é inconcebível na redação de uma lei.
Se a intenção do autor do texto fosse realmente deixar clara a ideia de exigências não cumulativas, deveria ter substituído o ponto e vírgula pela conjunção alternativa “ou”: “…obedecida uma das seguintes condições: 35 anos de contribuição, se homem e 30 anos, se mulher ou 65 anos de idade, se homem e 60 anos, se mulher…”
Se, ao contrário, a ideia fosse de exigências cumulativas, o autor, em nome da clareza, poderia usar o “amado” ponto e vírgula desde que fizesse uma nova redação: “…obedecidas as seguintes condições: 35 anos de contribuição e 65 anos de idade, se homem; 30 anos de contribuição e 60 anos de idade, se mulher…”
Fonte: G1

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Gene de doença que impede pessoa de ter impressões digitais é revelado

Cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, descobriram um gene responsável por causar uma doença que deixa os dedos do portador sem impressões digitais. O estudo foi divulgado na publicação científica "American Journal of Human Genetics".

Apenas 4 famílias no mundo foram diagnosticadas com a doença. Um caso que chamou a atenção da comunidade médica ocorreu quando uma suíça tentou entrar nos Estados Unidos, mas precisou de muito tempo para explicar aos oficiais da alfândega que não possuía impressões digitais.

A doença é causada por uma alteração no gene SMARCAD 1, responsável pelo desenvolvimento das impressões digitais. Ele foi descoberto após um estudo coordenado por Eli Sprecher, da Faculdade de Medicina da universidade, que trabalhou com a família da suíça que teve problemas para entrar nos Estados Unidos. Nove parentes da moça também não apresentavam impressões digitais.

As impressões digitais são formadas 24 semanas após a fertilização e não mudam durante a vida da pessoa. Elas são únicas para cada pessoa ou para cada par de gêmeos idênticos. Por serem exclusivas, são utilizadas para a detecção de crimes e para controle em viagens internacionais.

Alterações nas impressões digitais podem indicar outras doenças mais severas. Já no caso da doença da suíça, a ausência total das marcas na ponta dos dedos não traz maiores problemas - apenas uma dificuldade para suar nas mãos.
 
Sprecher explica que não só as pontas dos dedos detêm padrões excluvisos para cada humano. As mãos, os dedos e as solas dos pés também apresentam traços únicos conhecidos como dermatoglifos. A análise dessas marcas permitem conhecer mais sobre a característica das pessoas e tem aplicação em áreas como o esporte - o desempenho dos atletas pode ser previsto com algumas informações genéticas que podem ser desvendadas por meio das impressões.
F onte: G1

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mudança na aplicação de cateteres reduz infecções em pacientes de hemodiálise

A enfermagem na área de Nefrologia da Bahia ganhou espaço em Cuba. No tratamento de pacientes com problemas renais, a colocação de cateteres para hemodiálise provoca infecções. Enfermeiras do Hospital Roberto Santos, em Salvador, desenvolveram pesquisa na unidade hospitalar, que resultou na diminuição do índice de infecções relacionadas às inserções de cateteres.

Os resultados do trabalho " Segurança e Qualidade para o Paciente Portador de Cateter para Hemodiálise" , foi apresentado em maio, no XIV Congresso de Enfermagem, que aconteceu no Palácio de Convenções de Havana, em Cuba. A coordenadora do Serviço de Atenção aos Portadores de Feridas (SAPFe), Rita Machado, explica que a pesquisa consistiu em mudar a forma como os cateteres eram aplicados o que alterou para baixo a quantidade de infecções nos pacientes que realizam tratamento renal na unidade hospitalar. " Foi colocada uma cobertura impregnada com Polihexametileno de Biguanida - PHMB - a 0,2% na inserção do cateter, fixada com filme transparente estéril" . Antes disso, o trabalho contou com levantamento de dados nos livros de registros do hospital com relação a infecções, no período de agosto a outubro de 2009.

Em novembro do ano passado começou a serem feitos curativos com gaze não aderente (50% poliéster e 50% rayon), impregnada com a substância PHMB 0,2% presa num filme esterilizado nas inserções dos cateteres. O período da pesquisa contou ainda com orientação permanente da equipe de enfermagem da unidade hospitalar através de aulas teóricas e práticas envolvendo todos os turnos do serviço e a coordenação do SAPFe.

O trabalho foi coordenado pela enfermeira estomaterapeuta Rita Machado, que é membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Estomaterapia (Sobest- Seção Bahia), em conjunto com a Enfermeira Assistencial do SAPFe Rayne Alves. Além de Cuba, o mesmo trabalho foi aprovado no I Simpósio Internacional Norte/Nordeste de Estomaterapia, com o tema: " A força do cuidado especializado em enfermagem" , sendo apresentado pela enfermeira Rayne Alves, no mês de maio deste ano em Porto de Galinhas, Pernambuco.

Rins mal cuidados
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 25% dos problemas provocados nos locais onde são inseridos cateteres nos hospitais brasileiros são provocados nas inserções de cateteres para hemodiálise. Na área de nefrologia, segundo as pesquisadoras, há uma busca constante por novos tratamentos através do desenvolvimento de biomaterias e tecnologias que melhorem a qualidade de vida dos pacientes portadores de insuficiência renal crônica.

Para que o tratamento hemodiálise a obtenção de uma via de acesso, dos materiais e equipamentos adequados, bem como a disponibilidade de profissionais especializados é o que de fato contribui para o êxito do tratamento. Considera- se que 13% dos pacientes nefropatas são tratados através de cateteres de uso temporário ou permanente.

No entanto, as infecções relacionadas ao uso destes cateteres correspondem a 20% de todas as complicações dos acessos vasculares; cuja incidência é alta e grave. Diante disso, segundo as pesquisadoras, o polihexametileno de biguanida (PHMB) 0,2% atua como fator importante na prevenção e tratamento das infecções.

Resultados
As pesquisadoras informaram que com a implementação da cobertura impregnada com PHMB 0,2%, fixada com filme estéril transparente houve redução significativa no índice de infecções quando comparado ao número de implantes convencionais. Dos 103 implantes instalados foram registrados sete casos de infecções nas inserções dos cateteres em novembro de 2009, comprovando a viabilidade da medida adotada.
Fonte: G1

domingo, 18 de setembro de 2011

Comece devagar e saiba seus limites na hora de fazer uma atividade física




São vários os motivos que levam as pessoas a iniciar uma atividade física. A maioria realmente quer perder peso, mas também há as que pretendem ganhar massa muscular, força, resistência e flexibilidade.

Outros, além de melhorar o condicionamento físico, gostam da sensação de bem-estar que os exercícios proporcionam. E, por fim, existe o grupo dos hipertensos, diabéticos, cardíacos e indivíduos com colesterol e triglicérides altos, que buscam uma academia ou um lugar ao ar livre para melhorar a qualidade de vida.


































Para quem não trabalha carregando coisas pesadas, os braços são músculos pouco exercitados, já que as máquinas geralmente fazem esse trabalho. Mas aí, na hora de carregar um peso maior, como uma mala, um móvel ou uma criança, se uma pessoa tiver os músculos fracos poderá apresentar problemas sérios e sentir dores. Por isso, é importante fortalecer sobretudo o tríceps e o bíceps.

Firmar as pernas também é importante, porque elas carregam os músculos usados em qualquer deslocamento do corpo. Existem exercícios de agachamento que podem malhar boa parte dessa região.

No abdômen, estão localizados alguns músculos profundos, que são fundamentais para a sustentação corporal, pois mantêm a estabilidade da coluna, uma postura correta e previnem contra dores e o aparecimento de lesões.

A hidroginástica, por não ter o impacto de outras atividades físicas, é ótima para obesos e idosos, que têm limitações de movimentos. Para quem pensa que esse exercício é sempre fácil, há níveis mais intensos, tanto que a hidroginástica é usada na recuperação de jogadores de futebol. Também melhora a resistência do corpo, o fortalecimento muscular e dá uma sensação de bem-estar, principalmente para quem gosta de água.
 
Cinco dicas para você fazer exercícios:
1 – Experimente: 
 Se você não gosta de atividade física, é porque ainda não encontrou uma que lhe dê prazer.
2 – Sinta os seus limites: 
O corpo dá pistas de como a atividade está interferindo na sua saúde. Esses sinais podem vir na hora ou no dia seguinte. Se você sentir dores, indica que exigiu demais dos músculos. Portanto, repense na sua dinâmica.
3 – Comece devagar: 
Você é o único que manda no seu corpo. Se nunca fez uma atividade física e quer começar, já é uma vitória. Mas não adianta sair correndo e querer resolver tudo em pouco tempo, porque não vai dar certo. Comece devagar e vá aumentando a carga, a intensidade e a frequência aos poucos. Isso vai ajudá-lo a se acostumar com o exercício.
4 – Descubra como anda a sua saúde: 
 Ter consciência de como anda a sua saúde é fundamental antes de praticar um exercício físico. Há problemas de saúde em que algumas atividades são vetadas, mas também existem outros quadros em que se movimentar pode ajudar a combater a dor, a doença ou o problema. Portanto, vá ao médico, faça exames periódicos regulares, saiba como está a sua pressão arterial e peça ajuda na hora de escolher o exercício mais adequado.
5 – Descanse entre um treino e outro: 
 A recomendação mais importante para quem está começando um exercício é o repouso. No início, treine um dia sim, outro não. Conforme você gostar da atividade e se acostumar com ela, pode aumentar a frequência. Mas não deixe de descansar entre um treino e outro para recuperar as energias, não ter um trauma nem prejudicar seu corpo. Além disso, o músculo só cresce quando descansa.
 Fonte:G1

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Japoneses criam aparelho que mede a atividade do cérebro em tempo real

Uma equipe de pesquisadores japoneses revelou nesta quarta-feira (14) um aparelho que mede a atividade do cérebro e que poderia ser usado para melhorar o desempenho em sala de aula e nos esportes.

Engenheiros da empresa Hitachi trabalharam com cientistas de uma universidade para desenvolver o dispositivo, que mede com precisão e utilizando luz infravermelha as mudanças a cada minuto na quantidade de sangue no cérebro.

Segundo os cientistas, os dispositivos sem fio poderiam ser executados simultaneamente, com os dados exibidos em uma tela em tempo real, permitindo que os pesquisadores monitorarem o desempenho de até 20 pessoas, ou de um time de futebol, por exemplo.

"Ao explorar a atividade cerebral de jogadores de futebol, é possível determinar em que condições eles jogam melhor e isso ajudaria no desempenho da equipe inteira", explicou Ryuta Kawashima, da Universidade de Tohoku.

O aparelho recém-desenvolvido permitirá aos cientistas fazer medições em situações do dia a dia do paciente, disse Kawashima. A empresa japonesa Hitachi informou que ainda não tem planos para um lançamento comercial do equipamento.

Fonte: G1

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS

ESCREVE-SE ou ESCREVEM-SE cartas?
Leitor tem razão ao afirmar que esse tipo de erro de concordância é frequente e que, num contexto popular, seria aceitável. Na verdade, ele critica a inadequação: o fato de uma professora ter cometido tal erro.
Estamos chamando de erro porque está em desacordo com o que diz a maioria dos nossos gramáticos. Quando a partícula “se” é apassivadora, o verbo deve concordar com o sujeito passivo: “Escrevem-se cartas” (=Cartas são escritas); “Alugam-se apartamentos” (=Apartamentos são alugados); “Consertam-se sapatos e bolsas” (=Sapatos e bolsas são consertados)…
Em textos formais e em concursos, é essa a concordância que devemos seguir.

Hoje É ou SÃO 26 de junho?
Leitores querem saber qual é o certo.
Um deles pergunta: “No caso a palavra hoje não é o sujeito da oração? O verbo não deveria concordar com o sujeito no singular: Hoje é 26 de junho? E na pergunta? O correto é que dia é hoje? Ou que dia são hoje?”
Na pergunta, não há discussão. Sempre devemos usar o verbo ser no singular: “Que dia é hoje?”
Quanto à resposta, há polêmica. Alguns autores defendem a tese de que o verbo ser deva concordar com a expressão numérica. Da mesma forma que “são 16h”, deveríamos usar “Hoje são 26 de junho”. A verdade, entretanto, é que poucos falam desse modo. A maioria diz que “Hoje é 26 de junho”. O uso do verbo no singular está consagrado e muitos autores já registram tal concordância. A explicação para a concordância no singular seria a elipse da palavra DIA: “Hoje é (dia) 26 de junho”.
Se você quer evitar a polêmica, basta dizer que “Hoje é dia 26 de junho”. Aí…não há discussão.

O saldo do acidente FOI ou FORAM duas vítimas?
Leitor quer saber se o verbo não deveria estar no singular para concordar com o sujeito: “O saldo do acidente foi…”
O verbo SER sempre merece cuidados especiais, pois, em algumas situações, pode concordar com o predicativo do sujeito. No exemplo acima, o sujeito (=o saldo do acidente) está no singular, e o predicativo (=duas vítimas) está no plural. Entre o singular e o plural, o verbo ser concorda no plural:
Estes dados são parte de um relatório confidencial.”
“O resultado da pesquisa são números assustadores.”
Portanto, a concordância da frase: “O saldo do acidente foram duas vítimas” está correta.

Fonte: G1

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Alzheimer passa despercebido para 75% dos portadores, diz relatório

O diagnóstico da doença de Alzheimer é desconhecido para 75% dos portadores, segundo um relatório mundial divulgado nesta terça-feira (13) pela Alzheimer's Disease International (ADI), órgão que reúne associações sobre a doença no mundo e está ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS). Estima-se que 36 milhões de pessoas convivam com o problema no mundo.

O estudo foi conduzido por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do King's College, em Londres. Coordenados pelo professor Martin Price, os cientistas descobriram que mesmo países ricos detectam e documentam apenas de 20% a 50% dos casos da doença. Nas demais nações, o número de notificações da doença é igual ou inferior a 10%.

A falta de diagnóstico atrasa a chegada de informações, cuidados e tratamento para os portadores. Quando descoberta cedo, a doença de Alzheimer pode ter seus sintomas amenizados. Não há cura disponível para o problema, que afeta o bom funcionamento da memória, da coordenação motora e da capacidade de aprender.

Para Prince, todos os países devem desenvolver estratégias nacionais para promover o diagnóstico precoce e o acompanhamento do avanço da doença nos pacientes por parte da comunidade médica.
A ideia é que os profissionais de saúde sejam capazes de detectar a doença nos primeiros momentos. O relatório também cita a necessidade de investimentos em pesquisas e o cumprimento das normas para diagnóstico definidas pela OMS para o combate ao Alzheimer.

O especialista ainda destaca que parte das intervenções feitas pelo médicos durante o tratamento da doença são mais eficientes apenas quando aplicadas durante o surgimento dos primeiros sintomas.

Segundo o relatório, ainda é comum que as pessoas acreditem que a doença seja uma parte natural do envelhecimento e que nada pode ser feito para revertê-lo.
O relatório completo da ADI está disponível no site da instituição (em inglês e em PDF).
Fonte: G1

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Enem 2010 tem somente 13 escolas públicas entre as cem melhores




Somente 13 escolas públicas aparecem na lista das cem melhores instituições de ensino o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2010). As notas por escola foram divulgadas nesta segunda-feira (12) pelo Ministério da Educação e divididas pela porcentagem de participação dos estudantes no exame. No grupo principal, com mais de 75% de participação, o "top 100" é formado por 87 escolas particulares e 13 públicas. As escolas têm até 30 dias para recorrer das notas obtidas no exame.
O Ministério da Educação mudou o critério de divulgação das notas por escola do Enem. Foram criadas quatro categorias de acordo com a porcentagem de participação de cada uma das 26.099 escolas na prova realizada em 2010:

Grupo 1: de 75% a 100% (4.640 escolas) - veja as notas em arquivo pdf
Grupo 2: de 50% a 74,9% (5.444 escolas) - veja as notas em arquivo pdf
Grupo 3: de 25% a 49,9% (8.616 escolas) - veja as notas em arquivo pdf
Grupo 4: de 2% a 24,9% (7.399 escolas) - veja as notas em arquivo pdf


Fonte: G1

domingo, 11 de setembro de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS

1. A dúvida é: Está fazendo zero graus ou grau?
A resposta é: Está fazendo zero grau.
Zero é singular. Da mesma forma que dizemos “zero hora”, devemos falar “zero grau”. Vamos observar as comparações: “uma hora” = “um grau” = “um real”; “duas horas” = “dois graus” = “dois reais”.
Se zero é singular, é bom tomar alguns cuidados. Um programa que vai das 22h às 24h (das vinte e duas horas às vinte e quatro horas) pode ir das 22h à 0h (das vinte e duas horas à zero hora).


2. A dúvida é: É proibido ou proibida a entrada de estranhos?
A resposta é: É proibida a entrada de estranhos.

O adjetivo, na função predicativa, deve concordar com o substantivo se estiver determinado: “É proibida a entrada de estranhos”; “A cerveja é boa”; “Não foi permitida a nossa saída”.
Se o substantivo não estiver determinado, o adjetivo não concorda, isto é, fica no masculino singular: “É proibido entrada de estranhos”; “Cerveja é bom”; “Não é permitido saída a qualquer hora”.
Observe a diferença: “Aqui nesta sala muita gente não é bom” e “Aqui nesta sala muita gente não é boa”. No primeiro caso, o sentido genérico: estamos nos referindo ao excesso de pessoas na sala. No segundo exemplo, estamos afirmando que há muitas pessoas na sala que não são boas.

3. A dúvida é: Anexo ou anexas seguem as notas fiscais?
A resposta é: Anexas seguem as notas fiscais.
Anexo e anexado são formas adjetivas; devem, por isso, concordar: “O documento segue anexo”; “Os documentos seguem anexos”; “Os documentos foram anexados”; “Anexa vai a nota fiscal”; “Anexas vão as notas fiscais”…
Em vez de anexo, podemos usar a forma “em anexo”. O significado é o mesmo; a diferença é que “em anexo” é uma forma invariável. Assim sendo, não concorda: “Em anexo, seguem as notas fiscais”.

4. A dúvida é: Incluso ou inclusas seguem as notas fiscais?
A resposta é: Inclusas seguem as notas fiscais.
Incluso é uma forma adjetiva. Deve obrigatoriamente concordar com o substantivo a que se refere: “A planilha está inclusa”; “Inclusos seguem os comprovantes”.
Não devemos confundir incluso com incluído. Incluso é adjetivo, e incluído é a forma do particípio. Usamos incluído na formação da voz passiva e dos tempos compostos: “O atacante foi incluído na lista dos convocados”; “O diretor tinha incluído a sua sugestão na nossa lista de prioridades”.
45. A dúvida é: Elas moravam muito próximas ou próximo de nós?
A resposta é: Elas moravam muito próximo de nós.
A locução próximo de, quando significa “perto de”, é invariável: “Elas moravam muito próximo de nós” (=perto de nós); “Ela se sentou próximo do pai” (=perto do pai); “Próximo da ponte havia duas casas” (=perto da ponte).
Observe que os verbos não são de ligação: morar, sentar-se, haver.
A palavra próximo só concorda quando é adjetivo: “Eram pessoas muito próximas”; “Os primos ficaram mais próximos de nós”; “A casa era próxima da outra”.
Observe que agora os verbos são de ligação: ficar, ser.
“Ele morava próximo da ponte ou próximo à ponte”? Tanto faz. No sentido de “perto de”, podemos usar as locuções “próximo de” ou “próximo a”. As duas formas estão corretas.

6. A dúvida é: Os guardas vigiavam alertas ou alerta o portão principal?
A resposta é: Os guardas vigiavam alerta o portão principal.
O correto é “vigiavam alerta”, porque se trata de um advérbio, é o modo como os guardas vigiavam o portão principal. É importante lembrar que os advérbios são palavras invariáveis.
A palavra alerta se flexiona, ou seja, vai para o plural, quando exerce uma função adjetiva (=sinônimo de “atento”): “Eram guardas alertas” (=atentos).
O substantivo alerta, sinônimo de “aviso”, também se flexiona: “Os sentinelas deram vários alertas”.

7. A dúvida é: Na sua última coleção de inverno, predominavam os tons pastéis ou pastel?
A resposta é: Na sua última coleção de inverno, predominavam os tons pastel.

Embora a flexão seja aceita por alguns autores, devemos respeitar a tradicional regra que manda todo substantivo, na função de um adjetivo, ficar na forma neutra, ou seja, sem flexão de gênero e de número: “casacos vinho”; “sapatos areia”; “blusas gelo”; “manifestações monstro”…
Assim sendo, o correto é “camisas rosa”. O curioso é que esta regra também vale para os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo: “camisas azul-piscina”; “calças verde-garrafa”; “blusas azul-céu”; “uniformes verde-oliva”…

8. A dúvida é: As polícias ou a polícia civil e militar foram chamadas?
A resposta é: As polícias civil e militar foram chamadas.

Quando um substantivo é seguido de dois ou mais adjetivos, temos duas opções: ou pomos o substantivo no plural ou deixamos o substantivo no singular e repetimos o artigo. Assim sendo, é correto dizer “as polícias civil e militar” ou “a polícia civil e a militar”.
Podemos dizer que foram hasteadas “as bandeiras brasileira, argentina e uruguaia” ou “a bandeira brasileira, a argentina e a uruguaia”.
Podemos aplicar regra semelhante com os numerais: “primeiro e segundo graus” ou “no primeiro e no segundo grau”; “quinto e sexto andares” ou “no quinto e no sexto andar”; “sétima e oitava séries” ou “a sétima e a oitava série”.

Fonte: G1

sábado, 10 de setembro de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS


1. As luzinhas ou as luzezinhas de Natal?
Os sufixos diminutivos “-inho” e “-zinho” devem ser usados conforme o final da palavra básica: usamos indiferentemente os sufixos “-inho” ou “-zinho” se a palavra básica termina por vogal átona ou consoante (exceto “s” e “z”): corpinho ou corpozinho, florinha ou florzinha.
Embora a palavra DEVAGAR seja advérbio, no português falado no Brasil consagrou-se o seu uso no diminutivo em lugar do superlativo. Em vez de “muito devagar”, temos o “devagarinho” e o “devagarzinho”.
É flagrante a preferência pelo uso do sufixo “-inho” para as palavras terminadas por vogal átona (sapato-sapatinho, casa-casinha, dente-dentinho) e do sufixo “-zinho” para as terminadas por consoante (mar-marzinho, papel-papelzinho).O sufixo “-inho” deve ser usado para as palavras terminadas por “s” ou “z” (lápis-lapisinho, cruz-cruzinha, rapaz-rapazinho).
Devemos usar o sufixo “-zinho” para as palavras terminadas por
vogal tônica, nasal ou ditongo (café-cafezinho, siri-sirizinho, irmã-irmãzinha, bem-benzinho, álbum-albunzinho, mão-mãozinha, pônei-poneizinho, chapéu- chapeuzinho).
Quanto ao plural dos diminutivos, há duas regras básicas:
1a) Se usamos o sufixo “-inho”, basta a desinência “s” no final: livro – livr + inho = livrinhos; casa – cas + inha = casinhas; rapaz – rapaz + inho = rapazinhos;
2a) Se usamos o sufixo “-zinho”, devemos pôr os dois elementos no plural sem o “s” do substantivo: animal = animal + zinho – animai(s) + zinhos = animaizinhos; pastel = pastel + zinho – pastei(s) + zinhos = pasteizinhos; pão = pão + zinho – pãe(s) + zinhos = pãezinhos.
Assim sendo, de acordo com as regras, teríamos: luz – luz + inha = luzinhas e flor – flor + zinha – flore(s) + zinhas = florezinhas.

Para terminar duas observações:
1a) Para o acadêmico Evanildo Bechara, pazinhas é o plural do diminutivo de pá (pazinha = pá + zinha – pazinhas). E pazezinhas seria o plural do diminutivo de paz (pazinha = paz + inha – paze(s) + inhas = pazezinhas). Em razão disso, também deveríamos aceitar as luzezinhas (luz + inha – luze(s) + inhas = luzezinhas).
2a) Para o mestre José Oiticica, o normal seria “florinhas ou florzinhas”, que a língua padrão evita.
Por isso tudo, não vejo por que impor uma forma como correta e outra como errada. Em razão disso, podemos aceitar os dois plurais: florezinhas e florzinhas, barezinhos e barzinhos, luzinhas e luzezinhas.

2. Um milhão de dúvidas ou mil dúvidas?
Num anúncio comercial, foi possível ouvir claramente: “Isto é para atender as minhas milhares de fãs”, dizia o primeiro. E o outro retrucava: “E isto é para as minhas milhões de fãs”.
Sinto muito desapontar os nossos artistas, mas o correto é “os meus milhares de fãs” e “os meus milhões de fãs”, mesmo se os fãs forem apenas mulheres.
O problema é que MILHAR, MILHÃO, BILHÃO, TRILHÃO … são substantivos masculinos. Os artigos, pronomes ou numerais que antecedem a MILHAR e MILHÃO devem, portanto, ficar no masculino: “OS MILHARES de crianças fugiam com muito medo”; “Mais de DOIS MILHÕES de pessoas assistiram ao espetáculo”, “Seria capaz de fazer UM MILHÃO e MEIO de embaixadinhas”.
Assim sendo, as frases “Tenho uma milhão de dúvidas” e “Umas três milhões de mulheres” estão erradas. O certo é: “Tenho UM MILHÃO de dúvidas” e “UNS três MILHÕES de mulheres”.
Quanto ao numeral MIL, o problema é outro: não se usa UM ou UMA antes de MIL. Não há necessidade de se escrever “Recebeu um mil reais”, “Uma mil pessoas compareceram à feira” ou “Tenho uma mil dúvidas”. Basta: “Recebeu mil reais”, “Mil pessoas compareceram à feira” e “Tenho mil dúvidas”. É importante lembrar que o numeral que antecede a MIL deve concordar em gênero com o substantivo a que se refere: “DUAS mil pessoas receberam DOIS mil dólares”; “Tenho DUAS mil dúvidas” e “O garoto fez quarenta e UMA mil, SETECENTAS e oitenta e DUAS embaixadinhas”.
 
3-Um milhão de pessoas já CHEGOU ou CHEGARAM?
Tanto faz. O verbo pode ficar no singular para concordar com MILHÃO, que é um substantivo masculino no singular, ou no plural para concordar atrativamente com o especificador “pessoas”.
Quando o verbo é de ligação (ser, estar, andar, ficar, continuar…), é visível a preferência pela concordância com o especificador: “Um milhão de reais FORAM GASTOS na obra”; “Meio milhão de crianças já FORAM VACINADAS”; “Um milhão de mulheres ESTÃO GRÁVIDAS”.
Alguém diria que “Um milhão de mulheres ESTÁ GRÁVIDO”???

Fonte: G1

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS


O uso do pronome CUJO
1o) Só podemos usar o pronome CUJO quando existe uma relação de “posse” entre o antecedente e o substantivo subsequente. O “vizinho cujo filho” significa “o filho do vizinho (=o filho dele, o seu filho)”.
2o) Jamais usamos artigo definido entre o pronome CUJO e o substantivo subsequente. Falar “vizinho cujo oCUJO sempre concorda em gênero e número com o subsequente: “vizinho CUJA FILHA, CUJOS FILHOS, CUJAS FILHAS“. filho” está errado. O pronome
3o) O pronome relativo CUJO deve vir antecedido de preposição, sempre que a regência dos termos da 2ª oração exigir:
“Este é o vizinho DE cujo filho ninguém gosta.”
(O verbo GOSTAR é transitivo indireto = GOSTAR DE alguma coisa – “Ninguém gosta DO filho do vizinho”)
“Este é o vizinho EM cujos filhos todos confiam.”
(CONFIAR EM = “Todos confiam NOS filhos do vizinho”)
“Este é o vizinho A cujos filhos fizemos mil elogios.”
(=”Fizemos mil elogios AOS filhos do vizinho”)
“Este é o prefeito COM cujas ideias não concordamos.”
(=”Não concordamos COM as ideias do prefeito”)
“Este é o prefeito CONTRA cujas ideias sempre lutamos.”
(=”Sempre lutamos CONTRA as ideias do prefeito”)
Você está achando tudo muito estranho? Que o CUJO é muito feio?
Tudo bem, eu respeito a sua opinião. Mas não esqueça: nem tudo que é feio ou estranho está errado.

INTERVIR ou INTERVIER?
Não devemos confundir o INFINITIVO dos verbos (=INTERVIR) com o FUTURO DO SUBJUNTIVOINTERVIER). (=
Use o seguinte “macete”:
Quando o verbo vier antecedido de preposições (=A, DE, PARA…), use o INFINITIVO:
“Ele foi obrigado A INTERVIR no caso.”
“Ele foi proibido DE INTERVIR no caso.”
“Ele tomou esta decisão PARA INTERVIR no caso.”
Quando o verbo vier antecedido das conjunções (=SE ou QUANDO) ou do pronome QUEM, use o FUTURO DO SUBJUNTIVO:
SE o presidente INTERVIER no caso, poderá haver protestos.”
QUANDO o presidente INTERVIER no caso, o problema será
solucionado.”
QUEM não INTERVIER no caso será duramente criticado.”
Leitor aponta um erro jornalístico:
“O partido tem uma histórica dissidência de 20 votos, que poderá se ampliar, sobretudo na bancada de Minas Gerais, se o governador não intervir nas discussões”.
O leitor tem razão. O certo é “…SE o governador não INTERVIER nas discussões”.

Quando eu VIR ou VER?
Leitor quer saber qual é a forma correta: “Quando eu VIR ou VER uma amiga, falarei com ela.”
A presença da conjunção subordinativa temporal QUANDO indica que devemos usar o verbo VER no FUTURO DO SUBJUNTIVO. E aqui está o problema: VER é INFINITIVO. O FUTURO do SUBJUNTIVO do verbo VER é:
Quando eu VIR, tu VIRES, ele VIR, nós VIRMOS, vós VIRDES e eles VIREM.
Portanto, o certo é: “Quando eu VIR uma amiga, falarei com ela.”
Observe outros exemplos:
SE vocês VIREM a verdade, ficarão surpresos.”
“Devolverei o documento, QUANDO nos VIRMOS novamente.”

Dedicação A ou À você?
Leitor quer saber a respeito da crase na frase de uma antiga propaganda: “Casas XYZ. Dedicação à você e respeito ao Brasil…”
Antes de “você”, jamais haverá crase, pois não há artigo definido.
Eu tenho respeito “a você”, e as Casas XYZ prometem “dedicação a você”.
Fonte: G1

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pesquisadores brasileiros descobrem uma das causas da leucemia

Um artigo divulgado pela revista Nature Genetics, no início de setembro, descreve pela primeira vez uma mutação ativadora na proteína IL7R (Receptor da Interleucina 7) causadora da leucemia. Após cinco anos de estudo, a pesquisa que envolve autores brasileiros revela que a proteína IL7R defeituosa leva à proliferação descontrolada das células na leucemia linfoide aguda T (LLA-T). Foram estudados 201 pacientes com leucemia linfoide aguda T, sendo 68 provenientes do Centro Infantil Boldrini, de Campinas.

Os pesquisadores chegaram a conclusão que 10% dos pacientes com leucemia linfoide aguda T possuem a mutação IL7R. Esta descoberta é fruto da tese de doutorado de Priscila Pini Zenatti, pesquisadora do Boldrini e aluna da Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. Ela contribui para a identificação e a compreensão de um novo mecanismo, responsável pelo surgimento da leucemia infantil; em curto prazo, essa mutação poderá ser usada como um novo alvo para o desenvolvimento de drogas específicas para o tratamento da leucemia infantil.

Coordenada pelos pesquisadores doutores José Andrés Yunes, do Centro Boldrini e do Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, e João Barata, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o estudo contou com a colaboração do Laboratório Nacional de Luz Síncroton; do Laboratório de Imunorregulação Molecular do Instituto Nacional do Câncer (EUA) e de outros centros de pesquisas da Europa, o que permitiu a completa caracterização das consequências celulares decorrentes da mutação do IL7R.

" Nos testes com cobaias, os ratinhos que receberam o gene da proteína IL7R defeituosa ficaram doentes, desenvolveram tumores e infiltração de células leucêmicas em diversos órgãos, que ficaram muito aumentados em tamanho, quando comparados com os ratinhos que receberam a proteína normal" , afirma a Priscila Zenatti.
A proteína IL7R é muito importante para o amadurecimento e a sobrevivência das células-tronco do sangue. Parte das células-tronco sanguíneas irá formar os linfócitos T (um tipo de célula de defesa do organismo), que nascem na medula, migram para o timo (órgão próximo ao coração), onde ocorre o processo de amadurecimento e depois seguem para outros órgãos (linfonodos, baço etc). " A mutação do IL7R causa a ativação contínua da proteína, contrariando o processo normal de amadurecimento celular, o que leva à proliferação exagerada de linfócitos imaturos" , explica a pesquisadora.

"É preciso agora entender se as mutações do IL7R ocorrem ao acaso ou se há algum fator genético ou ambiental que predisponha a ocorrência da mutação e a progressão da célula mutante em leucemia" , acrescenta Andrés Yunes.

A fim de testar uma potencial aplicação terapêutica destas mutações, os pesquisadores realizaram testes preliminares com algumas drogas que foram capazes de levar à morte células portadoras da proteína mutada. " Isso já é um bom sinal, pois há casos de câncer onde as células se tornam resistentes ao tratamento. No entanto, ainda serão necessários futuros estudos para minimizar possíveis efeitos colaterais e também estudar a possibilidade de ministrá-las juntamente com outras drogas durante o tratamento das LLA-T" , diz Priscila Zenatti.

Os próximos passos do estudo serão concentrados no desenvolvimento de anticorpos e novos fármacos, que reconheçam especificamente a proteína mutada. " A utilização desses anticorpos, como uma nova droga, trará a possibilidade de inativar a proteína mutada sem afetar as células normais do paciente" , avalia a autora da tese de doutorado.
Fonte: isaude.net

terça-feira, 6 de setembro de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS


O uso do ETC.
O famoso “etc” é abreviatura de et caetera, expressão latina que significa “e outras coisas”. Vamos, então, tirar algumas dúvidas:

1) Exatamente porque a expressão contém o “e”, NÃO há necessidade de usarmos a conjunção “e” antes do “etc”:
“Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas e etc.”
Basta: “…um casaco, uma gravata, duas camisas etc.”

2) Ainda por causa da presença do “e”, alguns autores condenam o uso da vírgula antes do “etc”:
“Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas etc.”
Outros, porém, entendem que o “etc” é um elemento da numeração. Mereceria, assim, a vírgula:
“Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas, etc.”
Estamos diante de um caso polêmico. É importante observar, no
entanto, que, no Formulário Ortográfico, sempre aparece a vírgula
antes do “etc”. Agora, você decide.

3) Não há a necessidade de usarmos RETICÊNCIAS após o “etc”:
“Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas etc…”
Ou você usa “etc” ou RETICÊNCIAS.
Pior são os “enfáticos”: ” e etc……”

4) É “ridículo” usarmos o “etc” após um único elemento:
“A violência urbana tem várias causas: a fome e etc.”

5) Não devemos usar o “etc” para “pessoas”, pois significa “e as demais coisas”:
“Compareceram à reunião o presidente, os diretores, alguns supervisores etc.”
Isso significaria: “o presidente, os diretores, alguns supervisores e outras COISAS“.

De segunda À ou A sexta-feira?
O certo é “de segunda a sexta-feira”.
Não ocorre a crase por um motivo muito simples: não há artigo definido antes de sexta-feira. Prova disso é que antes de segunda-feira, usamos somente a preposição “de”. Se houvesse um artigo para definir o dia da semana, deveríamos usar “da” (preposição “de” + artigo “a”).
Só haverá crase quando definirmos os dias da semana. Por exemplo: “O torneio vai da próxima segunda à sexta-feira.” Nesse caso, estamos definindo qual é a segunda-feira e qual é a sexta-feira.
Entretanto, geralmente a ideia é indefinida. Então, não esqueça: “de segunda a quinta”, “de terça a sexta”, “de quarta a sábado”, “de segunda a domingo”…