O sulfeto de hidrogênio é um gás de cheiro desagradável com odor semelhante ao de ovo podre. Às vezes chamado de "gás de pântano", a substância tóxica é geralmente associada à vegetação em decomposição, esgotos e emissões industriais nocivas. E, por mais estranho que possa parecer, também atua na proteção dos vasos sanguíneos das complicações de diabetes, segundo um novo estudo da University of Texas, nos Estados Unidos.
No últimos anos, o trabalho de vários laboratórios tem mostrado que o sulfeto de hidrogênio é produzido pelo organismo em pequenas quantidades e desempenha um papel importante no sistema circulatório. Em um estudo publicado na última edição da National Academy of Sciences, os pesquisadores descrevem experimentos com células da camada mais interna dos vasos sanguíneos (células endoteliais) de humanos e ratos diabéticos que demonstram a importância de níveis de sulfeto de hidrogênio para determinar se a diabetes irá causar complicações nos vasos sanguíneos.
A equipe começou por expor as células endoteliais ao açúcar em uma concentração que imitava o nível encontrado nos vasos sanguíneos de um paciente diabético. "Após a exposição a tais níveis elevados de açúcar, as células começaram a produzir quantidades crescentes de radicais livres tóxicos altamente reativos e, como consequência, começaram a morrer. O baixo nível de sulfeto de hidrogênio fez com que o processo acelerasse, enquanto a substituição constante do composto químico protegeu as células contra os efeitos tóxicos da alta quantidade de açúcar", disse o autor principal do artigo, Csaba Szabo, professor da Universidade do Texas.
Os pesquisadores mostraram que ratos diabéticos têm níveis de sulfeto de hidrogênio mais baixos do que outros animais. Além disso, a equipe mostrou que o tratamento de ratos diabéticos durante um mês com sulfeto de hidrogênio melhorou a função dos vasos sanguíneos.
"A perda da função das células endoteliais em diabetes é o começo de várias complicações, como doenças oculares, cardíacas, renais e outras. A observação de que o sulfeto de hidrogênio pode controlar todos estes processos desde o início, pode abrir portas para novas terapias", disse Szabo.
Fonte: isaude.net
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