Uma pesquisa realizada de forma colaborativa entre a Liverpool School of Tropical Medicine (LSTM) e a Universidade de Copenhagen responde a um mistério que permaneceu sem solução por muito tempo: por que e como o parasita da malária passa despercebido pela defesa imunológica de mulheres grávidas. A malária mata 10 mil mulheres a cada ano. Entre os bebês esse número pode chegar a 200 mil.
O parasita da malária assume uma camuflagem que permite que a presença dele passe despercebida na placenta e, portanto, não seja atacado pelo sistema imunológico. Ironicamente, a camuflagem adotada é em si um anticorpo, embora seja um modelo gigante, chamado IgM, muito diferente dos anticorpos IgG comumente usados para atacar o parasita.
As descobertas são fundamentais para a compreensão da imunidade a essa forma perigosa da doença e para o desenvolvimento de uma vacina para proteger as mulheres grávidas.
De maneira geral, a malária mata mais de um milhão de pessoas ao ano, a maioria crianças abaixo dos cinco anos de idade, principalmente na África subsaariana. Ocorrem aproximadamente 250 milhões de casos a cada ano e quase metade da população mundial vive em áreas onde há o risco da doença. A enfermidade é responsável por cerca de 40% dos gastos com saúde pública nesta região e estima-se que custe ao continente africano US$ 12 bilhões por ano em perdas diretas.
Fonte: isaude.net
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