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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dia do Nutricionista


Dia do Nutricionista: eles respondem 20 dúvidas de alimentação 
Confira as respostas sobre dieta, nutrientes e hábitos alimentares saudáveis no link abaixo:


Mudanças climáticas afetam saúde mental, afirma estudo australiano

Estresse nos adultos, angústia nas crianças: as mudanças climáticas também podem afetar a saúde mental das pessoas, alerta um estudo publicado nesta segunda-feira (29) por um instituto de pesquisas australiano, para o qual este tema ainda é muito pouco estudado.

"Os danos causados pelas mudanças climáticas não são só físicos. O passado recente mostra que os eventos climáticos extremos trazem também sérios riscos para a saúde pública, inclusive a saúde mental e o bem-estar das comunidades", destacou este estudo, realizado pelo Instituto do Clima, uma entidade australiana.

Ao comparar fenômenos climáticos, como secas e inundações observados nos últimos anos em algumas regiões da Austrália, o estudo constata que "a comoção e o sofrimento provocados por um evento extremo pode persistir durante anos".

Uma parte significativa das comunidades atingidas por episódios como estes - uma pessoa em cada cinco - vai sofrer os efeitos do estresse, de danos emocionais e desespero, estimou o Instituto do Clima.
Segundo o organismo, o abuso de álcool pode ocorrer após eventos climáticos extremos e alguns estudos estabelecem inclusive um vínculo entre ondas de calor, secas e taxas de suicídio mais elevadas.
 
Crianças são mais vulneráveis
As crianças parecem particularmente vulneráveis à ansiedade e à insegurança geradas pela incapacidade dos adultos de lutar contra o desequilíbrio climático.

Embora haja vários estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas em termos econômicos, existe uma lacuna sobre as "consequências das mudanças climáticas para o bem-estar e a saúde humana", constatou Tony McMichael, professor de saúde pública da Universidade Nacional Australiana.

"Este é um ponto cego sério, limita nossa visão de futuros possíveis e da necessidade de uma ação eficaz e urgente", acrescentou, ao introduzir este estudo que, segundo ele, "vai nos ajudar a compreender a 'face humana' das mudanças climáticas".
Fonte:G1

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Médicos adotam mudança radical no diagnóstico e tratamento da pressão arterial

A forma como a pressão arterial é diagnosticada e tratada está para ser alterada de acordo com as novas diretrizes para a profissão médica, emitidas pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) e desenvolvidas em conjunto com a British Hypertension Society (BHS). Está será a primeira vez em mais de um século em que a maneira de monitorar a pressão arterial será alterada.

Uma das principais características da nova diretriz é a recomendação de que a pressão arterial elevada seja diagnosticada por monitorização ambulatorial, uma técnica em que o paciente utiliza um aparelho de monitoração por 24 horas para avaliar quão alta é a sua pressão arterial.

O professor de medicina Bryan Williams, da Universidade de Leicester, presidiu a diretriz de hipertensão do NICE. Ele acredita que aproximadamente 25% das pessoas diagnosticadas com pressão alta pelo método de diagnóstico atual - medição repetida da pressão arterial na clínica do médico - podem não ser hipertensas e talvez não precisem de tratamento. "A nova abordagem será mais precisa no diagnóstico de pressão alta e vai garantir que as pessoas certas sejam tratadas", disse.

Na pesquisa, o grupo de orientação demonstrou que esta nova abordagem é altamente rentável e que, mesmo depois de levar em conta o custo da nova tecnologia, é provável que haja redução de gastos no sistema de saúde com a melhora da velocidade e a precisão do diagnóstico.

A nova diretriz também simplifica a estratégia de tratamento para a pressão alta, focando nos tratamentos mais eficazes, e contém orientações específicas sobre o tratamento da pressão arterial para os adultos e para os muito idosos. "A pressão arterial elevada é muito comum e afeta cerca de um quarto dos adultos e mais da metade das pessoas com mais de 60 anos, tratá-la é uma das formas mais eficazes de reduzir os riscos de doença cardíaca e de derrame", acrescentou o professor Williams.

As novas diretrizes para monitorar a pressão arterial estão disponíveis no site do NICE.
Fonte: isaude.net

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Terapia genética aponta estratégia mais eficaz para combater câncer no cérebro

Pacientes que sofrem de câncer no cérebro terão benefícios a partir dos resultados de um estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, que pode avançar no desenvolvimento de terapias genéticas específicas e melhorar o prognóstico da doença.

"Temos compreendido melhor o papel dos microRNAs no glioblastoma multiforme - câncer de cérebro fatal - estudando as redes entre os microRNAs e os genes-alvo associados com diferentes estágios de desenvolvimento e progressão do câncer", disse o pesquisador Kristin Delfino, doutorando em ciência animal da universidade.

Os pesquisadores usaram uma nova abordagem para identificar a associação simultânea entre dezenas de milhares de microRNAs, genes-alvo, e a progressão do glioblastoma. A equipe levou em consideração vários dados como raça, sexo, tipo de tratamento e estágio do câncer em 253 pacientes, junto com a observação do microRNA no genoma e dados de expressão gênica.

O estudo avaliou 534 microRNAs em conjunto, ao contrário do método convencional que estuda um de cada vez. Eles confirmaram 25 microRNAs anteriormente associados à sobrevivência ao glioblastoma e identificou outros 20 associados com a iniciação ou o crescimento de outros tipos de câncer, entre eles mama, ovário e adenocarcinoma gástrico.

"Essas descobertas sugerem a existência de um caminho comum que pode estimular a criação de medicamentos similares já desenvolvidos e testados para outros tipos de câncer", diz a coautora Sandra Rodriguez-Zas.

Além disso, os pesquisadores descobriram que alguns dos microRNA biomarcadores de sobrevivência são personalizados. " Isso significa que eles são particularmente úteis para os pacientes de um determinado gênero, etnia ou tipo de tratamento. Outros MicroRNAs são igualmente eficazes, independentemente das condições clínicas do paciente. Hoje em dia, o microRNA pode ser rastreado de uma maneira simples e barata. Com base em nossa pesquisa, a informação trazida por ele pode ser usada para selecionar a terapia mais eficaz e desenvolver estratégias de prognóstico", explica Zas.
 Fonte: isaude.net

domingo, 28 de agosto de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS

Reduzir ao MÁXIMO ou ao MÍNIMO?
Leitor questiona frase de governador: “Em todo o Estado, a ordem dos secretários é enxugar o quadro de pessoal e REDUZIR despesas de custeio ao MÁXIMO.”
Leitor achou estranho e eu também. É mais uma daquelas expressões que se consagram no uso e que, curiosamente, todos entendem.
Entretanto, eu prefiro a lógica: “REDUZIR AO MÍNIMO”.
Também seria possível “reduzir o máximo possível”.

CARIOCA ou FLUMINENSE?
Leitora de Niterói quer saber por que quem nasce na cidade do Rio de Janeiro é carioca e quem nasce em Niterói é fluminense.
Há um engano na sua pergunta. Quem nasce em Niterói é niteroiense. Fluminenses são todos aqueles que nascem no ESTADO do Rio de Janeiro, inclusive os cariocas.
Para ficar bem claro:
CARIOCA é quem nasce na CIDADE do Rio de Janeiro (antigo Estado da Guanabara);
FLUMINENSE é quem nasce no ESTADO do Rio de Janeiro.
O adjetivo FLUMINENSE vem do latim flumens (=rio), por isso “água de rio” é “água FLUVIAL”.

SUBSÍDIO – A pronúncia é /SUBSSÍDIO/ ou /SUBZÍDIO/?
Quanto à grafia, não há discussão: é SUBSÍDIO (=com um “s”).
Quanto à pronúncia, os nossos dicionários e a última edição do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Academia Brasileira de Letras) ensinam: /subSSídio/.
Nosso leitor tem razão ao afirmar que “atualmente é comum atribuir-se o som de Z”.
Pode ser comum, mas eu prefiro a pronúncia clássica: /subSSídio/.
O mesmo se aplica a palavras como o verbo SUBSIDIAR e o substantivo SUBSIDIÁRIA, ou seja, devemos pronunciar /subSSidiar/ e /subSSidiária/.
No caso de palavras como SUBSISTIR, SUBSISTENTE e SUBSISTÊNCIA, o VOLP já aceita as duas pronúncias: /subSSistir/ e /subZistir/, /subSSistente/ e /subZistente/, /subSSistência/ e /subZistência/.

HAJA VISTA ou HAJA VISTO?
Leitor quer saber se está correta a frase “Estamos impossibilitados de proceder ao pagamento da indenização relativa, HAJA VISTA a ocorrência de queda de raio…”
HAJA VISTA é sempre HAJA VISTA, ou seja, é uma forma invariável. Não se flexiona. Não precisa, portanto, concordar com a palavra seguinte, como alguns pensam: “…haja visto o problema ocorrido”. O certo é “…HAJA VISTA o problema ocorrido.”
HAJA VISTO só existe como forma verbal, equivalente a TENHA VISTO: “O caseiro poderá testemunhar a favor do deputado, caso ele realmente haja visto (tenha visto) o encontro dos dois”.

Os analistas estão aqui para RESOLVER ou RESOLVEREM o problema?
O uso do infinitivo dos verbos é um tema muito polêmico. Na minha opinião, o infinitivo deveria ser usado no plural se o sujeito estivesse expresso antes do verbo:
“Houve uma ordem para OS ANALISTAS RESOLVEREM o problema”.
Caso o sujeito, mesmo no plural, não esteja expresso antes do verbo (=sujeito oculto ou posposto), prefiro o uso do infinitivo no “singular”:
“Os analistas estão aqui / para RESOLVER o problema.” (=sujeito oculto);
“Deixai / VIR a mim as criancinhas.” (=sujeito posposto).
Isso não significa que eu considere “errado” o uso do infinitivo no plural. A diferença se deve muito à ênfase que autor queira dar à frase: a) se a ênfase estiver na ação, deixe o verbo no “singular”; b) se a ênfase estiver no sujeito da ação, ponha o infinitivo no PLURAL: “Os analistas estão aqui para (eles) RESOLVEREM o problema”.

Lei de inativo vai A ou À votação?
Leitor quer saber se ocorre ou não o fenômeno da crase.
A presença da preposição “a” é indiscutível: “se a lei VAI, vai a algum lugar”. A dúvida é se existe o artigo definido feminino “a” antes de VOTAÇÃO.
Se a lei fosse a uma determinada VOTAÇÃO, haveria o artigo definido: “A lei do inativo vai à votação da Comissão XYZ”.
Entretanto, no sentido genérico, não há artigo definido. Isso significa que não ocorre crase: “Lei de inativo vai a votação” (=”Lei de inativo vai PARA votação).

Fonte: G1

Ciência descobre por que e como parasita da malária engana defesas na placenta

Uma pesquisa realizada de forma colaborativa entre a Liverpool School of Tropical Medicine (LSTM) e a Universidade de Copenhagen responde a um mistério que permaneceu sem solução por muito tempo: por que e como o parasita da malária passa despercebido pela defesa imunológica de mulheres grávidas. A malária mata 10 mil mulheres a cada ano. Entre os bebês esse número pode chegar a 200 mil.

O parasita da malária assume uma camuflagem que permite que a presença dele passe despercebida na placenta e, portanto, não seja atacado pelo sistema imunológico. Ironicamente, a camuflagem adotada é em si um anticorpo, embora seja um modelo gigante, chamado IgM, muito diferente dos anticorpos IgG comumente usados para atacar o parasita.

As descobertas são fundamentais para a compreensão da imunidade a essa forma perigosa da doença e para o desenvolvimento de uma vacina para proteger as mulheres grávidas.

De maneira geral, a malária mata mais de um milhão de pessoas ao ano, a maioria crianças abaixo dos cinco anos de idade, principalmente na África subsaariana. Ocorrem aproximadamente 250 milhões de casos a cada ano e quase metade da população mundial vive em áreas onde há o risco da doença. A enfermidade é responsável por cerca de 40% dos gastos com saúde pública nesta região e estima-se que custe ao continente africano US$ 12 bilhões por ano em perdas diretas.
Fonte: isaude.net

sábado, 27 de agosto de 2011

EUA aprovam uso de botox para casos específicos de incontinência urinária

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou nesta quarta-feira (24) o uso do botox para tratar incontinência urinária em pessoas com circunstâncias neurológicas graves, como a esclerose múltipla, e que sofram de hiperatividade na bexiga.

As contrações incontroladas da bexiga em pessoas que sofrem certos transtornos neurológicos podem fazer com que sejam incapazes de controlar a urina, de modo que são tratados com medicação para relaxar a bexiga e com cateteres para esvaziá-la regularmente, explicou a FDA em comunicado.

Este tratamento, recém aprovado pela FDA, consiste em injetar botox na bexiga com o objetivo de relaxar seus músculos e aumentar a capacidade da mesma, de modo que diminua a incontinência urinária, explicou a FDA em comunicado.

"A incontinência urinária associada a certos danos neurológicos é difícil de conduzir, e o botox outra opção de tratamento para estes pacientes", disse George Benson, subdiretor da Divisão de Reprodução e Produtos Urológicos.

A injeção do botox realizada mediante uma citoscopia, um procedimento que requer anestesia geral e que permite ao doutor visualizar o interior da bexiga. A duração efetiva do tratamento é de aproximadamente nove meses, precisou a administração.

A efetividade deste tratamento foi demonstrada em dois estudos clínicos com 691 pacientes que sofriam incontinência urinária produto de algum dano na medula espinhal ou por esclerose múltipla.
As duas pesquisas mostraram estatisticamente reduções significativas na frequência dos episódios de incontinência pelo grupo que tinha aplicado o botox, em comparação com o que tinha sido tratado com placebo.

Os efeitos secundários mais comuns nos pacientes que receberam este tratamento foram infecção urinária e retenção urinária, que tem que ser tratada mediante cateter.

Além de ser usado para melhorar a aparência das rugas faciais, o uso do botox também foi aprovado para o tratamento de dor de cabeça crônica, em certos casos de rigidez muscular, para sudoração nas axilas e para tratar pacientes que sofram contração ocular ou tenham os olhos não-alinhados.
Fonte: isaude.net

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

UTILIDADE PÚBLICA

O HOSPITAL SARAH RIO, especializado em neuroreabilitação, inaugurado no dia 01 de maio de 2009, na Barra da Tijuca, já está cadastrando para atendimento, novos pacientes adultos e crianças com as seguintes patologias:

·         Paralisia cerebral
·         Crianças com atraso do desenvolvimento motor
·         Sequela de traumatismo craniano
·         Sequela de AVC
·         Sequelas de hipóxia cerebral
·         Má-formação cerebral
·         Sequela de traumatismo medular
·         Doenças medulares não traumáticas como mielites e mielopatias
·         Doenças neuromusculares como miopatias, neuropatias periféricas hereditárias e adquiridas, amiotrofia espinhal
·         Doença de Parkinson e Parkinsonismo
·         Ataxias
·         Doença de Alzeihmer e demências em estágio inicial
·         Esclerose múltipla
·         Esclerose lateral amiotrófica em estágio inicial
·         Mielomeningocele
·         Espinha bífida
·         Paralisia facial
 
O atendimento é totalmente gratuito.
O cadastro para atendimento de novos pacientes é feito exclusivamente pelos telefones:   21 3543-7600  21 3543-7600    21 3543-7600  21 3543-7600 e 21 3543-7601/2, das 08 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.
http://www.sarah.br/
 
Endereço:
Embaixador Abelardo Bueno, nº 1.500
Barra da Tijuca
22775-040 - Rio de Janeiro - RJ

Vacinação: Ministério da Saúde anuncia o fim do Zé Gotinha





Segundo informações exclusivas obtidas por CRESCER, a vacina Sabin - a gotinha contra a poliomielite oferecida nas campanhas nacionais de vacinação (composta pelo vírus vivo atenuada) vai ser substituída pela Salk (uma injeção com o vírus morto). Esse processo de transição deve ocorrer em até cinco anos. Saiba como isso vai mudar o esquema de vacinação infantil no país.

Pode começar a se preparar para dar adeus ao Zé Gotinha, o famoso personagem das campanhas de vacinação nacionais contra a poliomielite, que combate a paralisia infantil. O Ministério da Saúde anunciou, com exclusividade à CRESCER, que o esquema de vacinação contra a pólio vai ser mudado: a vacina oral, a Sabin (composta pelo vírus atenuado, mas vivo) dará lugar a vacina intramuscular, a Salk (feita com o vírus morto). Isso porque a conhecida “gotinha”, por conter o vírus atenuado, oferece um risco, embora muito raro, de a criança desenvolver a doença. A decisão do Ministério segue uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os países se preparem para a erradicação da poliomielite no mundo, o que deve acontecer em até cinco anos. No Brasil, a doença já está erradicada, mas com o uso da Sabin sempre há este risco mínimo dela se manifestar.

Os infectologistas Marcos Lago, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro do comitê de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, adiantaram a CRESCER que essa mudança está prevista para acontecer já no ano que vem, embora o Ministério da Saúde diga que a data ainda não está definida. "A implantação de uma vacina é algo que dura três, quatro anos, pois é preciso garantir a sustentabilidade da produção. O que estamos fazendo agora é a discussão e o estudo de como será feita a introdução dessa vacina", afirma Carla Domingues, coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Em entrevista exclusiva à CRESCER, ela deu mais detalhes de como será essa mudança e como isso vai impactar no calendário nacional de vacinação:

CRESCER: Como vai funcionar o esquema de vacinação quando a Salk for introduzida?
Carla Domingues: Em um primeiro momento, nós vamos fazer um esquema combinado, com as duas primeiras doses de pólio inativada, a Salk, aos 2 e aos 4 meses, e mais dois reforços com a pólio oral (aos 6 meses e aos 15 meses). Depois, a criança continua seguindo o esquema da campanha nacional de vacinação e permanece tomando a Sabin, como a gente faz de rotina. Quando esse esquema for implementado, teremos apenas uma campanha nacional contra a poliomielite.

C: Ela será mais uma injeção que a criança precisará tomar?
CD: Por enquanto, sim, mas depois a Salk vai ser introduzida em uma vacina heptavalente. Primeiro vamos disponibilizar a Pentavalente no ano que vem, que vai ser a junção da atual DTP (que protege contra difteria, tétano e coqueluche) com hemófilos do tipo b (contra meningite) e a hepatite B. Em um segundo momento, daqui a quatro ou cinco anos, vamos ter a heptavalente, que vai incluir ainda a meningocócica C e a Salk, a pólio inativada. Nós não vamos substituir completamente, nesse primeiro momento, a Sabin pela Salk, e sim vamos fazer uma transição - que é este esquema combinado, citado anteriormente -, até o momento em que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) definam que a doença está erradicada no mundo. Aí sim nós vamos deixar de usar a pólio oral e passa a usar só a inativada, a Salk.

C: E a Salk já será introduzida no calendário no ano que vem?
CD: Existe toda uma discussão técnica e operacional para se definir qual é o melhor momento para fazer essa transição, mas ainda não está definido que será o ano que vem. Porque a gente tem que discutir toda a questão da produção da vacina, de capacitação da rede, de organização para distribuição da vacina, a própria aquisição junto ao laboratório produtor. Então nós ainda não temos um plano definido de introdução. Se em janeiro a gente tiver a garantia de que vai ter a produção da vacina, que os profissionais estarão capacitados, que a rede de distribuição já tem condições de absorver a demanda, aí sim ela vai acontecer no ano que vem. Mas se um desses fatores não estiver pronto, nós não vamos tomar uma decisão irresponsável de introduzir uma vacina como essa, que significa uma conquista da sociedade brasileira (a erradicação da poliomielite), e correr o risco de ter falta de vacina e até de ter a reintrodução da doença no país. A mãe não pode chegar num posto, procurar a vacina contra a pólio e não ter. 
Fonte: G1 - Crescer 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Nova técnica promete impedir que 'A. aegypti' transmita a dengue





Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Queensland, na Austrália, desenvolveu uma técnica que pode revolucionar o combate à dengue. A equipe de cientistas descobriu que uma bactéria, a Wolbachia pipientis, impede que o mosquito Aedes aegypti adquira o vírus da dengue. Dessa forma, ele não transmite a doença.

Essa bactéria se transmite sempre da mãe para os filhos. Os cientistas infectam ovos em laboratório e, a médio e longo prazo, conseguem espalhá-la por toda uma população de mosquitos. Desta forma, o plano é soltar insetos com a Wolbachia na natureza e, como consequência, frear a transmissão da dengue.

O mecanismo já tinha sido descrito anteriormente numa pesquisa de 2009, tanto que foi listado pelo G1 entre avanços importantes da ciência contra a dengue numa reportagem de fevereiro deste ano. No entanto, os resultados publicados nesta quarta-feira (24) pela revista científica Nature trazem novidades importantes, que aperfeiçoaram a técnica.




Por que funcionou?
Luciano Moreira, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz em Belo Horizonte, que participou da pesquisa, explicou que os dois estudos foram feitos com cepas – subtipos – diferentes da bactéria.
No primeiro trabalho, a cepa wMelPop-CLA, atingiu o efeito desejado, que era barrar o vírus da dengue. No entanto, os mosquitos tiveram piora em algumas funções, e seria “um pouco problemático soltá-los na natureza”, segundo o pesquisador.

Por isso, os cientistas passaram a fazer as experiências com outro tipo da mesma bactéria Wolbachia, a cepa wMel. Desta vez, conseguiram bloquear o vírus da dengue e provocaram efeitos colaterais relativamente pequenos.

Com a nova cepa, o modelo estava pronto para ser testado na natureza. Foi o que aconteceu, e o teste deu certo. A equipe liderada por Scott O’Neill soltou na natureza mosquitos infectados e monitorou a presença da Wolbachia durante quatro meses.

Isso foi feito em duas localidades diferentes, ambas próximas a Cairns, no nordeste da Austrália, região onde a dengue existe, mas não é uma epidemia. A quantidade de mosquitos infectados beirou os 100% numa das populações e ultrapassou 80% na outra.

Tais resultados foram considerados uma prova de que o modelo pensado funciona na prática. O próximo desafio é fazer os testes em regiões nas quais a dengue é um problema de saúde pública. “Isso vai começar a ser aplicado em breve no Vietnã e na Tailândia, talvez ainda esse ano”, afirmou Moreira, que disse que ainda não há previsão para que o Brasil seja incluído no programa.
“É uma estratégia bastante promissora”, resumiu Moreira, sobre o uso da Wolbachia. “A partir do momento em que os mosquitos [que têm a bactéria] invadem a população, espera-se que haja impacto sobre a dengue nos locais”, completou o pesquisador.
Fonte: G1













quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Medicina descobre nova arma contra o câncer de pulmão




Um grupo de cientistas australianos está pesquisando um novo tratamento contra o câncer de pulmão. No estudo da Universidade Nacional Australiana, eles analisam uma enzima capaz de controlar a proliferação de hormônios que influem na resposta do corpo à doença. O trabalho foi publicado na última edição da revista The Royal Society Chemistry.

Segundo o site HealthCanal, a equipe, dirigida pelos pesquisadores Chris Easton e Lucy Cao, trabalha com a enzima monooxigenase amidante de peptidil-glicina (PAM, na sigla em inglês) e estuda sua habilidade para ativar hormônios peptídicos. Pesquisas anteriores já haviam comprovado que um desequilíbrio nesses tipos de hormônios é a origem de algumas formas de câncer, além de doenças inflamatórias e asma.

De acordo com Cao, quanto maior for a quantidade de calcitonina (uma classe de hormônio peptídico), menor é a probabilidade de superar um câncer de pulmão. "Por isso, trabalhamos em tentar reduzir a quantidade de calcitonina, particularmente com o controle da atividade da enzima PAM", diz.

"Nossos resultados são promissores, mas estamos na etapa inicial", diz Easton. O especialista explicou ainda que muitos dos componentes usados nos testes são eficazes na redução de calcitoninas. "Esperamos poder fornecer um novo medicamento que melhore e prolongue a vida de muitos que sofrem de câncer de pulmão."

O câncer de pulmão consiste em um crescimento anormal das células do pulmão e é a causa mais frequente de morte por câncer no mundo.
Fonte: Veja

terça-feira, 23 de agosto de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS


1a) Qual é o plural de AR-CONDICIONADO?
Se a palavra composta, com hífen, é constituída de um substantivo e um adjetivo (ou adjetivo + substantivo), os dois elementos vão para o plural:            altas-rodas, altos-fornos, batatas-doces, boias-frias, cabeças-chatas, guardas-noturnos, matérias-primas, ovelhas-negras, puros-sangues…
Assim sendo, o plural de AR-CONDICIONADO é ARES-CONDICIONADOS.
Se você não gostou, tenho duas sugestões:
1a) Compre dois APARELHOS de ar-condicionado;
ou 2a) Compre dois CONDICIONADORES DE AR.

2a)  A cerveja desce REDONDO ou REDONDA?
O assunto já foi abordado, mas diante das numerosas cartas, vamos voltar ao caso.
Muitos leitores querem saber se a tal propaganda não está errada. Segundo eles, se CERVEJA é uma palavra feminina, deveria ser REDONDA.
O problema é que REDONDA não é a CERVEJA, e sim o modo como a cerveja desce. Trata-se, portanto, de uma forma adverbial.
É importante lembrar que os advérbios são formas invariáveis, ou seja, não precisam concordar. Permanecem numa forma neutra, geralmente correspondente à do masculino singular.
Assim sendo, sinto decepcionar os meus leitores, mas a propaganda está correta: a cerveja desce REDONDO.
É o mesmo caso de “A bola rola MACIO nos gramados franceses”. Não é a bola que é macia, e sim o modo como a bola rola. É advérbio, por isso não concorda com a bola. Em “Ela fala ALTO”, ninguém erraria. Duvido que alguém falasse “Ela fala alta“. ALTO é advérbio, porque é o modo como ela fala.

3a) VAI FAZER ou VÃO FAZER?
A frase errada era: “Vão fazer dez anos que não lhe vejo”.
Eram dois erros:
1o) O verbo FAZER, quando se refere a tempo decorrido, deve ser usado sempre no singular. É verbo impessoal (=sujeito inexistente). Devemos dizer “FAZ dez anos” e “VAI FAZER dez anos”;
2o) O verbo VER é transitivo direto. Pede objeto direto. O pronome LHE substitui objetos indiretos. Para os objetos diretos devemos usar os pronomes: o, a, os, as.
A frase certa é: “VAI FAZER dez anos que não O vejo (ou que não A vejo)”.

 Fonte: G1

Cientista norte-americano e artista holandesa criam 'pele' à prova de bala

Um cientista da Universidade Estadual de Utah, nos Estados Unidos, com a ajuda de uma artista holandesa, criou uma mistura de seda com pele humana capaz de resistir ao disparo de balas.

Randy Lewis forneceu fios fornecidos por bichos-de-seda geneticamente manipulados a Jalila Essaidi, que confeccionou a 'superpele' usando também células de pele humana. Os animais foram alterados para produzir a seda típica de teias de aranhas, que é mais resistente.

Após testes com projéteis de calibre 22, o material se mostrou resistente aos disparos e não se rompeu, ainda que as balas tenham penetrado em parte das camadas da 'pele'.
 
Lewis acredita que a seda produzida por aranhas possa ajudar cirurgiões a curar ferimentos graves e criar tendões e ligamentos artificiais no futuro. Durante outro estudo, ele já havia aplicado genes de aranhas em cabras para obter um leite carregado com largas quantidades da proteína responsável pela produção da seda.
Fonte: G1

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pacientes com linfoma de Hodgkin e ALCL ganham nova opção de terapia




A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou o Adcetris (brentuximab vedotin) para tratar o linfoma de Hodgkin (HL) e outro tipo raro, conhecido como linfoma de grandes células anaplásicas sistêmicas (AlCl).

O Adcetris é um anticorpo conjugado com um medicamento, que juntos conseguem direcionar a droga para células do linfoma (CD30). O fármaco deve ser usado em pacientes com HL cuja doença tenha progredido após o transplante autólogo de células-tronco ou depois de dois tratamentos de quimioterapia naqueles que não puderam receber um transplante por alguma razão.
"Dados clínicos comprovam que os pacientes com o linfoma de Hodgkin que receberam Adcetris apresentaram uma resposta significativa para a terapia", disse Richard Pazdur, diretor do Escritório de Medicamentos Oncologia no Centro do FDA.

De acordo com o National Cancer Institute (NCI), sintomas comuns da HL incluem o alargamento dos gânglios linfáticos, baço, febre, perda de peso, fadiga ou sudorese noturna.

O AlCl sistêmico é um tumor maligno raro (linfoma não-Hodgkin), que pode aparecer em várias partes do corpo, incluindo os gânglios linfáticos, pele, ossos, tecidos moles, pulmões ou fígado.
O Adcetris é o primeiro medicamento para o tratamento de linfoma de Hodgkin aprovado pela FDA desde 1977 e o primeiro especificamente indicado para o tratamento de linfoma de grandes células anaplásicas sistêmicas.

Os efeitos colaterais mais comuns causados pelo Adcetris foram um decréscimo da infecção de combate aos leucócitos (neutropenia), danos nos nervos (neuropatia sensorial periférica), náuseas, fadiga, anemia, infecção respiratória superior, diarreia, febre, tosse, vômitos e baixos níveis de plaquetas no sangue (trombocitopenia).
Fonte: isaude.net

sábado, 20 de agosto de 2011

Exame prevê chance de curar câncer de ovário no primeiro ciclo de quimioterapia


Cientistas do Institute of Cancer Research (ICR) e do Royal Marsden Hospital, no Reino Unido, desenvolveram um tipo avançado de ressonância magnética que pode detectar se o câncer de ovário em estágio avançado está respondendo ao tratamento após apenas um ciclo de quimioterapia, o que ajuda os médicos a decidirem se continuam ou alteram a estratégia terapêutica.

A maioria dos cânceres de ovário é detectada depois que o tumor já se espalhou e, apesar de os pacientes inicialmente responderem bem à cirurgia radical e à quimioterapia baseada em platina e taxano, a maior parte deles sofre recaídas após uma média de 18 meses. Os tratamentos subsequentes geralmente são menos eficazes, pois os pacientes desenvolvem resistência, o que leva os cientistas á buscarem maneiras de identificar os pacientes não-responsivos no início do tratamento.

A professora Nandita de Souza e colegas do ICR e do The Royal Marsden acreditam que uma técnica chamada ressonância magnética de difusão ponderada pode ser usada para mostrar a alteração que houve depois de apenas um ciclo de 21 ou 28 dias de quimioterapia. "Esse teste poderia nos permitir prever, após apenas um mês, se o paciente se beneficiará dos seis meses completos de quimioterapia. Isso pode evitar que ele seja submetido a efeitos colaterais desagradáveis de tratamentos ineficazes", destacou.

De novembro de 2008 a setembro de 2010, 42 mulheres com câncer de ovário fizeram o exame antes e após o primeiro e o terceiro ciclos de quimioterapia. Cada exame foi então utilizado para calcular o coeficiente de difusão aparente (ADC), uma medição do movimento da água no tecido, que é menor no tumor em comparação com o tecido normal. A equipe descobriu que os ADCs subiram depois de apenas um ciclo de tratamento para muitas mulheres que foram posteriormente avaliadas com resultados positivos relativos ao tratamento, e não mudou para as pacientes que não responderam à terapia.

A técnica de ressonância magnética também pode ajudar a determinar a extensão do tumor e detectar os pequenos pontos de câncer que se espalharam a partir dos ovários para o peritônio. Os exames também têm o potencial de identificar depósitos de tumor individuais que não estão respondendo e para os quais outras opções de tratamento podem ser consideradas, incluindo a remoção cirúrgica.

Segundo Stavroula Kyriazi, do ICR e do The Royal Marsden, um estudo maior será realizado em quatro hospitais do Reino Unido no final deste ano para avaliar esta técnica: " Este teste pode ser feito em equipamentos de ressonância magnética já existentes, por isso se descobrirmos que ele é eficaz, ele poderá possivelmente ser usado para ajudar os médicos a tomarem decisões de tratamento para os pacientes em todo o país".
FONTE:isaude.net

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Crescimento celular diferenciado explica resistência a drogas anti-câncer


Um novo estudo sobre o câncer de pulmão, liderado por investigadores da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, descobriu que várias células do câncer crescem em taxas diferentes, o que pode explicar porque alguns tumores se tornam resistentes a drogas anti-câncer mais rápido do que outros.

Com base nas taxas de crescimento diferencial, o estudo sugere que uma mudança no tempo e doses de certas terapias para pacientes com o tumor pode ser eficaz em retardar o aparecimento de resistência à terapia.

O estudo foi publicado mês passado na revista Science Translational Medicine. O primeiro autor no artigo, Juliann Chmielecki, trabalhou como estudante de pós-graduação no laboratório de pesquisa do diretor da Cancer Medicine, William Pao, professor de medicina, patologia, microbiologia e imunologia.

Segundo os pesquisadores, todos os pacientes com câncer metastático tratados com medicamentos, eventualmente, desenvolvem resistência à terapia e o câncer começa a crescer novamente. Alguns começam a responder às drogas após uma pausa na terapia, mas não há maneira de prever quem terá essa reação favorável.

Para investigar esta teoria os pesquisadores desenvolveram pares geneticamente compatíveis de linhas de células que foram sensíveis ou resistentes ao modelo de medicamentos.

"Ficamos surpresos ao descobrir que as células resistentes a cresceram mais lentamente do que as células sensíveis à droga. Nós combinamos estes resultados com os dados clínicos disponíveis sobre as reações de pacientes à terapia para verificar se nossos achados pré-clínicos refletiram no curso real da doença", disse o professor William Pao, coautor da pesquisa.

Tendo estabelecido a relevância clínica dos resultados, os pesquisadores incorporaram os novos dados sobre o crescimento e a morte celular em modelos matemáticos de populações de células tumorais para projetar estratégias de dosagem ideal de medicamentos para células mutantes.

"Com base nas taxas de crescimento e morte das células diferentes, os modelos fizeram a previsão que o uso de altas doses do medicamento Erlotinib, também conhecido como Tacerva, ou um TKI ainda mais potente, em conjunto com uma programação de baixa dosagem contínua pode retardar o estabelecimento de células resistentes aos medicamentos", explica Pao.
"Descobrimos que demorou o dobro do tempo para que as células desenvolvessem resistência completa quando utilizou-se o regime de dosagem de medicamentos. Encontramos também uma estratégia para retardar a progressão da doença mesmo após o desenvolvimento de resistência. " acrescenta o pesquisador.

Estes achados sugerem que uma estratégia similar pode ser aplicada para a otimização de métodos de administração de outras terapias direcionadas para ao câncer. Entretanto, os autores observam que esses resultados ainda precisam ser verificados em ensaios clínicos futuros.
Para conhecer mais detalhes da pesquisa, clique aqui e leia a matéria original na íntegra.

Fonte: isaúde.net

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

MS quer levar testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite a aldeias de todo o país




O governo brasileiro lança este mês um programa para fazer testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C em todas as aldeias indígenas do país. O objetivo é examinar, até o fim de 2012, todos os índios com mais de 10 anos e encaminhar para o tratamento os que obtiverem resultados positivos.

Segundo o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, resultados de um projeto piloto do programa, com a participação de 46 mil indígenas do Amazonas e de Roraima, indicaram níveis "preocupantes" de HIV e sífilis.

A prevalência de sífilis na população indígena avaliada foi 1,43%, inferior à média do resto do país (2,1%). No caso do HIV, foi 0,1%, ante 0,6% da média nacional.

Para Souza, ainda que inferiores aos índices nacionais, ambos os dados exigem atenção por demonstrar que há transmissão dos vírus mesmo em populações isoladas, o que indica que seus integrantes mantêm contato com pessoas contagiadas fora das aldeias.

Em gestantes indígenas, a prevalência de sífilis foi 1,03%, mais baixa do que as taxas encontradas em grávidas nos centros urbanos (1,6%). O índice de HIV em indígenas gestantes foi 0,08%.

De acordo com o secretário, os kits para o teste garantem, com poucas gotas de sangue, a obtenção dos resultados em até 30 minutos e podem ser transportados mesmo em condições de calor e umidade, fator essencial para que sejam levados às aldeias mais remotas.

Antes, os indígenas precisavam ser removidos para as áreas urbanas para a coleta de sangue e posterior análise dos resultados, o que podia levar até 15 dias.

Os testes começam a ser aplicados em aldeias de Minas Gerais, do Espírito Santo e de Mato Grosso nos dias 27 e 28 de agosto; nos meses seguintes, devem chegar aos demais estados.

Souza explica que os aplicadores estão sendo treinados por cerca de 70 técnicos que participaram de um seminário em Brasília no mês passado.

Em caso de resultados positivos para sífilis, a equipe dará início imediato ao tratamento; já nos casos de HIV e hepatite, os indígenas serão convidados a fazer testes de confirmação no município mais próximo. Se a doença for comprovada, serão tratados em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

O secretário disse ainda que o programa também visa a informar os indígenas sobre como as doenças se transmitem e os modos de prevenção. Ele destacou que, para isso, os agentes terão de levar em conta as características culturais locais.

De acordo com Souza, há culturas indígenas que não aceitam o uso de preservativos e que o ministério terá de trabalhar para que eles usem pelo menos quando se deslocarem à área urbana, em caso de contato com pessoas de fora.

Ele disse que, em certos grupos, as mulheres costumam ser mais resistentes ao uso da camisinha, questão que também deve ser abordada nas campanhas educativas.
A médica e idealizadora do programa, Adele Benzaken, da Fundação Alfredo da Matta, disse que, no projeto piloto, quase 100% do público-alvo concordou em fazer o teste.

Ela destacou que a acolhida aos tratamentos indicados para sífilis tem sido igualmente positiva. O problema maior, segundo a médica, é convencê-los a se tratar em caso de HIV, pois ela diz que os indígenas costumam resistir à ideia de que devem passar o resto da vida tomando medicamentos para combater uma doença que, em muitos casos, demora a provocar sintomas.

Outra complicação é removê-lo para o município mais próximo. Adele disse que já viu índios se negarem a sair da aldeia para fazer o tratamento, por preferirem fazer o tratamento com o pajé.

A transferência para a cidade, segundo a médica, torna-se ainda mais improvável quando esses indígenas já tiveram decepções com o sistema de saúde.

Fonte: isaude.net

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pesquisa genética vê características desconhecidas da esclerose múltipla




O maior estudo genético já feito sobre a esclerose múltipla foi divulgado nesta semana e promete oferecer novas possibilidades de tratamento para a doença no futuro. A pesquisa confirmou que 23 regiões de genes, que já eram suspeitas, têm relação com a enfermidade. Outros 29 novos locais foram descobertos no levantamento publicado nesta quarta-feira (10) pela revista científica “Nature”.

Na esclerose múltipla, ocorrem lesões na chamada "bainha de mielina", uma camada que protege os neurônios.

A doença ataca o sistema nervoso central, ou seja, cérebro e medula espinhal. Os danos podem acarretar piora em funções básicas, que vão desde o controle do intestino e da bexiga até a visão.

O que os cientistas ainda não sabem é o que leva à deflagração da esclerose múltipla.

Nesta pesquisa, feita por um grupo internacional liderado por cientistas das universidades inglesas de Cambridge e Oxford, a análise genética minuciosa levou a avanços no conhecimento da síndrome. Entre as descobertas, está a confirmação de que essa é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema de defesa do corpo ataca a bainha de mielina.

“Identificar a base da susceptibilidade genética de qualquer condição médica gera uma compreensão confiável dos mecanismos da doença. Nossa pesquisa encerra um longo debate sobre o que acontece primeiro na sequência complexa de eventos que leva à incapacidade na esclerose múltipla. Agora está claro que a esclerose múltipla é, primariamente, uma doença imunológica. Isso tem implicações importantes para futuras estratégias de tratamento”, disse Alastair Compston, um dos autores principais do estudo.

A pesquisadora brasileira Maria Fernanda Mendes, membro do Departamento de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia e professora assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, comentou a pesquisa para o G1.

Ela concorda que os avanços obtidos pela pesquisa têm potencial para auxiliar nos tratamentos clínicos, principalmente se novos estudos avançarem a partir das novas descobertas.

O estudo localizou antígenos, moléculas cuja presença pode indicar tendência para alguma doença. Ela destaca, porém, que essas moléculas não são sempre necessariamente ruins.
“Esses antígenos podem estar associados de uma forma maléfica para uma doença e protetora para outra”, ponderou a neurologista.

Fonte: G1



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Células de defesa geneticamente modificadas eliminam leucemia

O HIV pode se tornar o mais novo aliado da medicina na luta contra o câncer. Uma versão inerte do vírus da Aids foi usada com sucesso por cientistas norte-americanos para modificar geneticamente células de defesa do organismo e tratar pacientes com leucemia. O procedimento foi descrito nesta semana pelas revistas médicas New England Journal of Medicine e Science Translational Medicine.

O tratamento inédito consiste em retirar os linfócitos T – importantes agentes de defesa do corpo – e transferir novos genes para elas. A mudança as torna capazes de destruir as células cancerosas que causam a leucemia e, assim, fazem com que o tratamento tenha sucesso.

A transferência de genes para a célula é feita normalmente por um vírus, e é nessa fase que o HIV é usado; foi com ele que os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia conseguiram modificar geneticamente as células de defesa.

“Dentro de três semanas, os tumores tinham sido destruídos de um modo muito mais violento do que poderíamos esperar”, reconheceu Carl June, que conduziu a pesquisa. “Funcionou muito melhor que imaginávamos”.

“Além de terem uma grande capacidade de se reproduzirem, as células T infundidas são ‘serial killers’. Em média cada uma levou à morte de milhares de células do tumor e, ao todo, destruíram pelo menos cerca de 1 kg em cada paciente”, completou o pesquisador.

A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfoide crônica que já não tinham muitas opções de tratamento. Sem ela, eles seriam submetidos ao transplante de medula óssea, no qual o risco de morte é de pelo menos 20% e a chance de cura não supera os 50%.

Agora, a equipe planeja usar o mesmo procedimento em tumores parecidos, como o linfoma não Hodgkin e a leucemia linfoide aguda. Eles também querem experimentar o tratamento em crianças que não reagiram bem ao tratamento convencional. No futuro, a ideia é adaptar a técnica para combater cânceres no ovário e no pâncreas.

Fonte: G1

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cientistas de Berlin identificam moléculas que inibem ação do HIV e bactérias


Pesquisadores desenvolveram pequenas moléculas que inibem agentes patogênicos como vírus do HIV

Cientistas da Universidade de Berlin, na Alemanha, liderados pelo bioquímico Volker Haucke em colaboração com colegas do Instituto Leibniz de Farmacologia Molecular (FMP), desenvolveram pequenas moléculas que inibem a internalização das moléculas sinalizadoras e de agentes patogênicos, como o HIV e bactérias intracelulares.

Estes compostos inibem a função de uma proteína celular chamada Clathrin Und, o que funciona como ponto de partida para novas abordagens terapêuticas como o tratamento de câncer, infecções virais e bacterianas, e distúrbios neurológicos. Estes resultados foram publicados na última edição da revista científica Cell.

A captação de importantes moléculas sinalizadoras, como, por exemplo, fatores de crescimento, e a comunicação dentro do sistema nervoso dependem da proteína intracelular Clathrin. Essa proteína está envolvida na produção de pequenas vesículas que transportam moléculas de sinalização para o interior das células ou servem como locais de armazenamento que liberam agentes patogênicos no sistema nervoso.

Os cientistas usaram pequenos compostos moleculares que compreendem cerca de 20 mil substâncias emparelhadas com as sínteses químicas medicinais a fim de identificar pequenas moléculas que inibem a ligação das Clathtrin com outras proteínas. Estes compostos (pitstops) são capazes de impedir, em poucos minutos, a absorção de moléculas sinalizadoras, e a entrada do vírus HIV nas células.

Usando proteínas fluorescentes, os cientistas conseguiram visualizar o bloqueio da ligação entre as Clatrhins e outras proteínas. "A formação de vesículas parece ficar estagnada, como se as células tivessem sido colocadas no congelador.", explica o professor Haucke.

Fonte: isaude.net

sábado, 13 de agosto de 2011

Estudo recomenda cautela na dosagem do anti-inflamatório lenalidomida

Pesquisadores da Ohio State University, nos Estados Unidos, descobriram que doses elevadas da droga lenalidomida podem induzir efeitos tóxicos graves e com risco de vida. Os resultados podem levar a uma administração mais segura do medicamento anti-inflamatório em uma variedade de doenças.

A equipe de pesquisa descobriu que lenalidomida interage com a proteína P-glicoproteína (Pgp), uma molécula que potencialmente retira produtos químicos tóxicos das células e ajuda na remoção delas para fora do organismo. Entretanto, níveis excessivamente elevados de Pgp em células de câncer podem ser uma importante causa de resistência aos medicamentos para muitos pacientes com câncer.

Testes clínicos
Os pesquisadores avaliaram a segurança de uma combinação de drogas ou de uma nova droga em 21 pacientes com mieloma múltiplo reincidente. O julgamento combinou o uso de lenalidomida com temsirolimus , uma droga que os pesquisadores sabiam desde o início que interagia com a Pgp. Durante o estudo, os níveis de lenalidomida no sangue dos pacientes foram muitas vezes maiores que o esperado, e alguns pacientes apresentaram efeitos colaterais como desequilíbrio eletrolítico e erupções cutâneas maiores do que o esperado.

Para a surpresa dos investigadores, experimentos em laboratório mostraram que a lenalidomida foi removida das células por Pgp e que a taxa de remoção foi reduzida quando o temsirolimus foi incluído nos experimentos. Os dados deixaram evidente que as duas drogas interagem com a Pgp, o que forneceu uma possível explicação para os níveis de lenalidomida alterados em amostras de sangue dos pacientes.

"Embora este seja um estudo relativamente pequeno, vimos uma interação farmacocinética significativa entre os dois agentes. Isso, junto com os efeitos colaterais que eram maiores do que o esperado nos levou à conclusão de que a interação dos agentes com Pgp pode ser a causa deste aumento da toxicidade", disse o pesquisador Mitch Phelps. Ele observa ainda que muitos medicamentos interagem com a Pgp. "Isto está indicado nos rótulos dos medicamentos aprovados, o que ajuda a evitar a coadministração de drogas que interagem com Pgp ou inibem Pgp, podendo levar a interações medicamentosas perigosas".

Segundo ele, é preciso agora realizar novos para confirmar estes resultados e determinar os efeitos de combinar a lenalidomida com outros substratos da Pgp em populações de várias doenças.
A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA (FDA) aprovou a lenalidomida em 2005 para o tratamento de síndromes mielodisplasia e em 2006 para o mieloma múltiplo.

Fonte: isaude.net

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Band-aid" eletrônico facilita o diagnóstico de doenças


À primeira vista, é difícil entender a utilidade da invenção anunciada nesta quinta-feira (11) como uma bela contribuição para a medicina diagnóstica. É uma tatuagem? Um band-aid? Parece, mas o protótipo desenvolvido nos Estados Unidos é pura inovação. Nada semelhante está disponível hoje nas farmácias, nos hospitais ou nos estúdios de tatoo. Os inventores do quadradinho transparente que aparece nas fotos desta página o chamam de sistema eletrônico epidérmico. Em inglês, a sigla é EES.

Trata-se de um adesivo ultrafino que contém um sistema eletrônico sofisticado. Pode ser usado para registrar a frequência cardíaca, as ondas cerebrais, a atividade dos músculos e muito mais. Sem eletrodos, fluidos condutores ou aquelas colas que melecam os cabelos de quem faz um eletroencefalograma. Para ler os sinais elétricos emitidos pelo corpo, basta colar o adesivo na pele e retirá-lo ao final do exame. Simples como uma tatuagem temporária.

No adesivo, os engenheiros incorporaram sensores minúsculos, diodos que emitem luz, finíssimos transmissores e receptores de sinais e redes de filamentos metálicos. O trabalho foi liderado pelo engenheiro John A. Rogers, da University of Illinois, em parceria com pesquisadores de Cingapura e da China. A tecnologia foi apresentada num artigo publicado na revista Science.

“Nosso objetivo era criar uma tecnologia eletrônica que pudesse ser integrada à pele de forma que fosse mecanicamente e fisiologicamente invisível ao paciente”, diz Rogers. “Desenvolvemos uma solução que adquiriu as propriedades físicas da epiderme. É uma tecnologia que desafia a distinção entre a eletrônica e a biologia.”

Todas as formas conhecidas de circuitos eletrônicos são rígidas. Todas as formas vivas são leves, elásticas. São dois mundos diferentes, mas os pesquisadores parecem ter encontrado um jeito de integrar esses dois mundos.

Por enquanto, o dispositivo é apenas um protótipo. Está longe de chegar ao mercado. “Nesse momento não é possível avaliar o preço que ele terá”, diz Rogers.
Atualmente o sistema de monitoração é conectado a um computador externo por meio de um cabo muito fino. Não é a solução ideal. Os cientistas estão tentando encontrar uma forma de enviar os dados por sinais de rádio.

Para coletar os sinais do organismo, o sistema precisa de pouca energia. A equipe está desenvolvendo minúsculos coletores de energia solar para abastecê-lo.

Os possíveis usos do sistema eletrônico epidérmico vão além do diagnóstico de doenças. Estudos demonstram que a estimulação elétrica pode acelerar a cicatrização de cortes e feridas. Em tese, portanto, o “band-aid” inteligente poderia curar ferimentos de uma forma impensável hoje. “No futuro, acredito que existirão dispositivos que não apenas monitoram a saúde, mas também estimulam e interagem com o tecido num nível profundo.”
Fonte: Época - Saúde & Bem Estar