Sabendo que as pessoas prestam mais atenção a coisas recompensadoras (em especial no caso do dinheiro), uma equipe liderada por Steven Yantis descobriu que indivíduos que fizeram um teste de busca visual estavam distraídos quando os itens que haviam sido previamente associados a pequenas quantias de dinheiro apareceram ocasionalmente.
Os resultados têm implicações para a compreensão de como o cérebro responde a estímulos recompensantes, o que pode contribuir para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para a dependência de drogas, a obesidade e o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (ADHD), disse o pesquisador Steven Yantis, da Krieger Zanvyl Escola de Artes e Ciências.
"Sabemos que nem todo mundo que usa drogas se torna dependente delas, mas a euforia que causam faz com que o cérebro passe a vê-las de uma forma que torna difícil suprimir o desejo de experimentá-las de novo. Um aspecto desta situação é: como os objetos relacionados à recompensa captam a atenção automaticamente de forma que uma publicidade sobre um happy hour em um bar pode chamar a atenção de um alcoólatra em recuperação ao passar por ela. Compreender os mecanismos psicológicos e cerebrais do emparelhamento recompensa/objeto e porque algumas pessoas são mais suscetíveis a ele pode levar a tratamentos mais eficazes", explica Yantis.
No estudo, as pessoas procuraram primeiro por círculos vermelhos ou verdes em um conjunto com muitos círculos de cores diferentes exibidos em uma tela de computador. Uma cor (por exemplo, vermelho), foi sempre seguida de uma recompensa monetária (10 centavos) e os outras (verde, por exemplo) por uma recompensa menor (um centavo). Após ter feito isto por mais de uma hora, os indivíduos do estudo foram então solicitados a procurar por formas específicas (por exemplo, um círculo entre os diamantes) e a cor já não era relevante nem trazia recompensas. Ainda assim, ocasionalmente, um dos itens na tela era vermelho ou verde. Quando isso aconteceu, as respostas dos indivíduos do estudo ficou mais lenta.
De acordo com Yantis, isto revelou que um número esmagador de pessoas no estudo se distra iu com os objetos vermelhos ou verdes, apesar de estes indivíduos terem sido instruídos a ignorar aqueles itens, de os itens terem sido dispostos discretamente e de não terem qualquer relevância para a tarefa que estava sendo realizada.
"Ficou claro para nós que os itens vermelhos ou verdes se tornaram valiosos para os sujeitos do estudo porque eles estavam ligados em suas mentes a uma recompensa", disse Yantis. O s voluntários ainda responderam a um questionário sobre impulsividade. A equipe descobriu que as pessoas que foram mais impulsivas para começar eram ainda mais propensas à distração por objetos de "alto valor" vermelhos ou verdes.
"Uma medida do bom controle cognitivo é por quanto tempo uma pessoa pode manter a informação em sua memória de curto prazo, e descobrimos que as pessoas menos impulsivas tendem a ser mais resistentes a se distrair em com estas coisas que não tinham valor em si, mas que se tornaram associadas a uma recompensa. Também descobrimos que a distração causada por características relacionadas ao valor persiste por semanas após o aprendizado inicial", explicou Yantis.
A equipe está pesquisando agora como o valor é aprendido e como o valor aprendido pode agarrar os circuitos de atenção do cérebro. "Pensamos que esta forma de captação da atenção pode ser importante em várias síndromes clínicas, como a dependência de drogas", disse Yantis.
Fonte: isaude.net
Fonte: isaude.net
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