A dúvida: Fui eu que fez ou fiz o trabalho?
Resposta: Fui eu que fiz o trabalho.
Comentários: Quando o sujeito for o pronome relativo “que”, o verbo deve concordar com o antecedente: “Fui eu que fiz”; “Foste tu que fizeste”; “Foi ele que fez”; “Fomos nós que fizemos”; “Fostes vós que fizestes”; “Foram eles que fizeram”; “Este é o empregado que fez o trabalho” e “Estes são os empregados que fizeram o trabalho”. Com o pronome “quem”, a concordância deve ser feita na 3ª. pessoa do singular: “Fui eu quem fez o trabalho”, ou seja, “Quem fez o trabalho fui eu”.
A dúvida: Se não chovesse, eu ia ou iria ao jogo?
Resposta: Se não chovesse, eu iria ao jogo.
Comentários: Temos aqui a troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito do indicativo. É frequente ouvirmos: “Se não chovesse, eu ia ao jogo” e “Se fosse permitido, eu fazia o trabalho.” É importante lembrar que há uma correspondência entre o pretérito imperfeito do subjuntivo (=chovesse, fosse) com o futuro do pretérito do indicativo (=iria, faria). Deveríamos, portanto, dizer: “Se não chovesse, eu iria ao jogo” e “Se fosse permitido, eu faria o trabalho.”
A dúvida: Ou eu ou você teremos ou terá de viajar na próxima semana?
Resposta: Ou eu ou você terá de viajar na próxima semana.
Resposta: Ou eu ou você terá de viajar na próxima semana.
Comentários: Quando repetimos a conjunção “ou” (=ou…ou), é para ficar clara a ideia de exclusão, ou seja: se eu for, você não vai; se você for, eu não vou. Quando o sujeito composto apresenta essa ideia de exclusão, o verbo deve concordar com o núcleo mais próximo. Veja as duas possibilidades: “Ou eu ou você terá de viajar” e “Ou você ou eu terei de viajar”. Não havendo a ideia de exclusão, e havendo três possibilidades (= ou eu, ou você, ou nós), o verbo pode concordar no plural: “Eu ou você talvez tenhamos de viajar na próxima semana”. Nesse caso, não podemos repetir a conjunção alternativa “ou”. Existe ainda outra interpretação: “O pintor ou o escultor merecem igualmente o prêmio”. Nesse caso, o uso do verbo no plural é obrigatório porque a conjunção “ou” apresenta uma ideia aditiva (=e): “O pintor e o escultor merecem igualmente o prêmio”. Se é “igualmente”, é porque os dois merecem o prêmio
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A dúvida: Nas ou nos milhares de linhas que escrevi?
Resposta: Nos milhares de linhas que escrevi.
Comentários: Milhar é um substantivo masculino. Isso significa que artigos, numerais, pronomes ou adjetivos que se refiram a ele deverão concordar no masculino: aos milhares, dois milhares, aqueles milhares… Observação: O substantivo coma também é masculino, portanto o correto é “saiu do coma”, “entrou em coma alcoólico”.
A dúvida: Descobriu tudo em nossos bates-papos ou bate-papos?
Resposta: Descobriu tudo em nossos bate-papos.
Comentários: Quando o primeiro elemento das palavras compostas for verbo, somente o segundo elemento deve ir para o plural: arranha-céus, bate-papos, guarda-chuvas, lança-perfumes, mata-borrões, para-brisas, porta-bandeiras, quebra-cabeças, salva-vidas, vira-latas…
Comentários: Quando o primeiro elemento das palavras compostas for verbo, somente o segundo elemento deve ir para o plural: arranha-céus, bate-papos, guarda-chuvas, lança-perfumes, mata-borrões, para-brisas, porta-bandeiras, quebra-cabeças, salva-vidas, vira-latas…
Observação importante: Não confundir o plural de guarda-chuva com o de guarda-civil. Em guarda-chuva, guarda é verbo e chuva é substantivo. Nesse caso, somente o substantivo vai para o plural: guarda-chuvas. Estão na mesma situação: guarda-louças, guarda-roupas, guarda-pós, guarda-sóis…Em guarda-civil, guarda é substantivo e civil é adjetivo. Nesse caso, os dois vão para o plural: guardas-civis. Seguem a mesma regra: guardas-noturnos, guardas-florestais…
Fonte: G1
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