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sábado, 13 de agosto de 2011

Estudo recomenda cautela na dosagem do anti-inflamatório lenalidomida

Pesquisadores da Ohio State University, nos Estados Unidos, descobriram que doses elevadas da droga lenalidomida podem induzir efeitos tóxicos graves e com risco de vida. Os resultados podem levar a uma administração mais segura do medicamento anti-inflamatório em uma variedade de doenças.

A equipe de pesquisa descobriu que lenalidomida interage com a proteína P-glicoproteína (Pgp), uma molécula que potencialmente retira produtos químicos tóxicos das células e ajuda na remoção delas para fora do organismo. Entretanto, níveis excessivamente elevados de Pgp em células de câncer podem ser uma importante causa de resistência aos medicamentos para muitos pacientes com câncer.

Testes clínicos
Os pesquisadores avaliaram a segurança de uma combinação de drogas ou de uma nova droga em 21 pacientes com mieloma múltiplo reincidente. O julgamento combinou o uso de lenalidomida com temsirolimus , uma droga que os pesquisadores sabiam desde o início que interagia com a Pgp. Durante o estudo, os níveis de lenalidomida no sangue dos pacientes foram muitas vezes maiores que o esperado, e alguns pacientes apresentaram efeitos colaterais como desequilíbrio eletrolítico e erupções cutâneas maiores do que o esperado.

Para a surpresa dos investigadores, experimentos em laboratório mostraram que a lenalidomida foi removida das células por Pgp e que a taxa de remoção foi reduzida quando o temsirolimus foi incluído nos experimentos. Os dados deixaram evidente que as duas drogas interagem com a Pgp, o que forneceu uma possível explicação para os níveis de lenalidomida alterados em amostras de sangue dos pacientes.

"Embora este seja um estudo relativamente pequeno, vimos uma interação farmacocinética significativa entre os dois agentes. Isso, junto com os efeitos colaterais que eram maiores do que o esperado nos levou à conclusão de que a interação dos agentes com Pgp pode ser a causa deste aumento da toxicidade", disse o pesquisador Mitch Phelps. Ele observa ainda que muitos medicamentos interagem com a Pgp. "Isto está indicado nos rótulos dos medicamentos aprovados, o que ajuda a evitar a coadministração de drogas que interagem com Pgp ou inibem Pgp, podendo levar a interações medicamentosas perigosas".

Segundo ele, é preciso agora realizar novos para confirmar estes resultados e determinar os efeitos de combinar a lenalidomida com outros substratos da Pgp em populações de várias doenças.
A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA (FDA) aprovou a lenalidomida em 2005 para o tratamento de síndromes mielodisplasia e em 2006 para o mieloma múltiplo.

Fonte: isaude.net

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