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domingo, 28 de agosto de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS

Reduzir ao MÁXIMO ou ao MÍNIMO?
Leitor questiona frase de governador: “Em todo o Estado, a ordem dos secretários é enxugar o quadro de pessoal e REDUZIR despesas de custeio ao MÁXIMO.”
Leitor achou estranho e eu também. É mais uma daquelas expressões que se consagram no uso e que, curiosamente, todos entendem.
Entretanto, eu prefiro a lógica: “REDUZIR AO MÍNIMO”.
Também seria possível “reduzir o máximo possível”.

CARIOCA ou FLUMINENSE?
Leitora de Niterói quer saber por que quem nasce na cidade do Rio de Janeiro é carioca e quem nasce em Niterói é fluminense.
Há um engano na sua pergunta. Quem nasce em Niterói é niteroiense. Fluminenses são todos aqueles que nascem no ESTADO do Rio de Janeiro, inclusive os cariocas.
Para ficar bem claro:
CARIOCA é quem nasce na CIDADE do Rio de Janeiro (antigo Estado da Guanabara);
FLUMINENSE é quem nasce no ESTADO do Rio de Janeiro.
O adjetivo FLUMINENSE vem do latim flumens (=rio), por isso “água de rio” é “água FLUVIAL”.

SUBSÍDIO – A pronúncia é /SUBSSÍDIO/ ou /SUBZÍDIO/?
Quanto à grafia, não há discussão: é SUBSÍDIO (=com um “s”).
Quanto à pronúncia, os nossos dicionários e a última edição do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Academia Brasileira de Letras) ensinam: /subSSídio/.
Nosso leitor tem razão ao afirmar que “atualmente é comum atribuir-se o som de Z”.
Pode ser comum, mas eu prefiro a pronúncia clássica: /subSSídio/.
O mesmo se aplica a palavras como o verbo SUBSIDIAR e o substantivo SUBSIDIÁRIA, ou seja, devemos pronunciar /subSSidiar/ e /subSSidiária/.
No caso de palavras como SUBSISTIR, SUBSISTENTE e SUBSISTÊNCIA, o VOLP já aceita as duas pronúncias: /subSSistir/ e /subZistir/, /subSSistente/ e /subZistente/, /subSSistência/ e /subZistência/.

HAJA VISTA ou HAJA VISTO?
Leitor quer saber se está correta a frase “Estamos impossibilitados de proceder ao pagamento da indenização relativa, HAJA VISTA a ocorrência de queda de raio…”
HAJA VISTA é sempre HAJA VISTA, ou seja, é uma forma invariável. Não se flexiona. Não precisa, portanto, concordar com a palavra seguinte, como alguns pensam: “…haja visto o problema ocorrido”. O certo é “…HAJA VISTA o problema ocorrido.”
HAJA VISTO só existe como forma verbal, equivalente a TENHA VISTO: “O caseiro poderá testemunhar a favor do deputado, caso ele realmente haja visto (tenha visto) o encontro dos dois”.

Os analistas estão aqui para RESOLVER ou RESOLVEREM o problema?
O uso do infinitivo dos verbos é um tema muito polêmico. Na minha opinião, o infinitivo deveria ser usado no plural se o sujeito estivesse expresso antes do verbo:
“Houve uma ordem para OS ANALISTAS RESOLVEREM o problema”.
Caso o sujeito, mesmo no plural, não esteja expresso antes do verbo (=sujeito oculto ou posposto), prefiro o uso do infinitivo no “singular”:
“Os analistas estão aqui / para RESOLVER o problema.” (=sujeito oculto);
“Deixai / VIR a mim as criancinhas.” (=sujeito posposto).
Isso não significa que eu considere “errado” o uso do infinitivo no plural. A diferença se deve muito à ênfase que autor queira dar à frase: a) se a ênfase estiver na ação, deixe o verbo no “singular”; b) se a ênfase estiver no sujeito da ação, ponha o infinitivo no PLURAL: “Os analistas estão aqui para (eles) RESOLVEREM o problema”.

Lei de inativo vai A ou À votação?
Leitor quer saber se ocorre ou não o fenômeno da crase.
A presença da preposição “a” é indiscutível: “se a lei VAI, vai a algum lugar”. A dúvida é se existe o artigo definido feminino “a” antes de VOTAÇÃO.
Se a lei fosse a uma determinada VOTAÇÃO, haveria o artigo definido: “A lei do inativo vai à votação da Comissão XYZ”.
Entretanto, no sentido genérico, não há artigo definido. Isso significa que não ocorre crase: “Lei de inativo vai a votação” (=”Lei de inativo vai PARA votação).

Fonte: G1

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