Médicos em São Paulo realizaram a primeira cirurgia no Brasil de implante de um novo tipo de aparelho auditivo, que fica totalmente dentro do ouvido do paciente, sem nenhuma parte externa.
A técnica ajuda pessoas como a administradora Maria Toscano Medeiros, que precisa de ajuda de um aparelho para escutar, mas não conseguia se adaptar ao tradicional. “O aparelho externo machuca o ouvido”, disse a primeira paciente a receber o implante no Brasil.
Os dois aparelhos funcionam da mesma forma, amplificando o som que chega ao ouvido. Por isso, não serve para pessoas que têm surdez total – nesses casos, é indicada outra técnica: o implante coclear.
“A condição básica para o paciente fazer a cirurgia é se a pessoa já usou o aparelho externo e gostou do resultado”, explicou Iulo Baraúna, otorrinolaringologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Ele foi o cirurgião responsável pelo procedimento.
Audição residual
A capacidade de audição de uma pessoa é medida pela intensidade mínima de som que ela consegue ouvir. O normal é começar a perceber o som a partir de 25 decibels.
A capacidade de audição de uma pessoa é medida pela intensidade mínima de som que ela consegue ouvir. O normal é começar a perceber o som a partir de 25 decibels.
Pessoas que ouvem apenas sons mais intensos que 25 decibels, mas menos que 40, têm "perda auditiva leve", segundo os médicos. Se escutam apenas a partir de 60 decibels, têm "perda moderada". A partir de 61 decibels, ela é considerada severa.
Quem só ouve sons a partir de 80 decibels, não pode fazer a cirurgia -- a perda de audição já é considerada grave demais.
“O paciente tem que ter, pelo menos, uma audição residual”, resumiu Baraúna. São pessoas com lesões nas células ciliadas internas, responsáveis por captar o som. Se as funções neurais do ouvido tiverem sido afetadas, o aparelho não é indicado.
Fonte: G1
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