O empresário Eike Batista deu uma longa e lúcida entrevista ao jornalista George Vidor, no canal GloboNews, emissora a cabo da Rede Globo. Na entrevista, Eike disse que depois de 20 anos procurando ouro em todas as partes do mundo, desenvolveu uma cultura de risco extremo, e aprendeu que no Brasil os riscos são poucos quando os negócios são bem planejados.
O petróleo
O empresário citou como exemplo disso, o desempenho de uma de suas empresas na área do petróleo. O negócio é tão próspero que ele pretende produzir em médio prazo 1 milhão e 400 mil barris de petróleo por dia. Segundo ele, a Bacia de Campos, sem contabilizar o Pré-sal, ainda tem uma imensa capacidade de produção, que só deve começar a declinar nas próximas três décadas.
A produção
Ele falou da descoberta de uma província gigante de petróleo na Bacia de Campos, onde o ouro negro pode ser explorado em uma profundidade de 140 metros, o que significa operação em águas rasas. Produzir petróleo nestas condições é mais barato. Eike Batista pretende produzir petróleo ao custo de 8 dólares o barril, o que é um preço considerado excelente.
O Porto do Açu
O mega empresário contextualizou o Porto do Açu como o seu maior investimento durante mais de uma hora de entrevista. Disse que todas as plataformas que irão explorar petróleo na Bacia de Campos serão construídas no Complexo do Porto do Açu. A primeira plataforma construída no Açu ficará pronta em 2013 e vai custar US$ 26 milhões.
Os coreanos
Nos próximos meses estará desembarcando em São João da Barra um grupo de 50 coreanos da Hyundai. Esse grupo vai discutir com técnicos brasileiros detalhes da fábrica que produzirá o primeiro carro genuinamente brasileiro. Os coreanos vão fornecer a planta da montadora que também será instalada no Complexo do Açu. O grupo vai permanecer aqui por, pelo menos, três anos.
O diferencial
Eike também estabeleceu o diferencial do Complexo do Açu na comparação com outros portos brasileiros e do mundo. Disse que ele vai encurtar a distância entre o Brasil e a Ásia, com uma estrutura que nenhum outro porto do mundo tem, pois estará no centro de uma cidade industrial.
O etanol
O oitavo homem mais rico do mundo disse que o porto vai exportar minério, e falou também em etanol. Neste momento, frisou que a produção de etanol no Brasil. “ainda” é pequena. Citou que a área onde o próprio porto está instalado, neste caso fazendo uma referência a Campos, poderia produzir muito mais etanol, que será necessário em curto prazo para misturar com a gasolina.
As operações
Por fim, Eike Batista anunciou para agosto deste ano o início das atividades offshore de sua empresa de petróleo, ou seja, o início da produção em larga escala. “Eu, como disse antes, operei com mina de ouro onde o risco é imenso. No Brasil, não existem riscos e sim certezas. O petróleo é certamente uma delas”, afirmou.
A repercussão
A entrevista de Eike Batista ao influente jornalista teve grande repercussão pela forma como ele discorreu sobre as potencialidades do Porto do Açu, em São João da Barra. Quando o oitavo homem mais risco do mundo coloca o dedo no mapa e diz que “aqui vai acontecer muita coisa”, isso tem efeito no mercado.
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