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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dicas de Português

ENTRE EU E VOCÊ ou ENTRE MIM E VOCÊ?
Devemos dizer “entre MIM e você”.
O pronome pessoal “EU” é do caso reto, por isso deve ser usado fundamentalmente na função do sujeito (ou predicativo do sujeito): “EU e você dissemos a verdade”; “O escolhido fui EU”; “Ela trouxe o livro para EU ler”; “Ela chegou antes de EU sair”; “Ela fez isso por EU estar cansado”.
Repare que nos três últimos exemplos há uma preposição antes do pronome “EU”. Mas a presença de um verbo no infinitivo após o pronome caracteriza uma oração reduzida: “…para EU ler (=para que EU leia)”; “…antes de EU sair (=antes que EU saísse)”; “…por EU estar cansado (=porque EU estava cansado)”. Nos três casos, o pronome “EU” exerce a função de sujeito.
No caso da expressão “entre MIM e você”, temos a preposição ENTRE antes e não há verbo após o pronome. Isso significa que devemos usar o pronome oblíquo “MIM” em vez do pronome reto “EU”.
Se você entendeu por que deve dizer “que nada haverá entre MIM e você”, mas não gostou, diga “que nada haverá entre NÓS”.

“Que significa DICOTOMIA?”
 É uma palavra de origem grega. O prefixo “di” significa “dois” e “tomo” significa “parte”.
Observe a definição do dicionário Larousse: “1. Divisão em dois; oposição entre duas coisas. 2. Divisão de um conceito em duas partes, que abrangem todo o conceito”.

“Moro NA rua Barão da Torre ou À rua Barão da Torre?”
 Segundo os dicionários de regência, o uso da preposição “a” com os verbos MORAR e RESIDIR é mais comum na linguagem burocrática, dos tabeliães por exemplo. E só diante de palavras femininas: “Ele mora à rua X, à avenida Y, à praça Z”. Ninguém diz que “ele mora ao Beco das Garrafas ou ao Largo do Machado”.
O uso da preposição “em” com os verbos MORAR e RESIDIR é indiscutivelmente correto. Se você mora, mora “em” algum lugar.
O melhor, portanto, é você dizer que mora NA rua Barão da Torre.

“Fulano de Tal é residente À ou NA rua xxx?”
É igual ao caso anterior. Quem reside é residente “em” algum lugar.
Diga: “Fulano de Tal é residente NA rua xxx.”

“TODA noite ou TODA A noite?”
Depende.
“Toda noite” significa “qualquer noite, todas as noites”; “Toda a noite” significa “a noite inteira”.
Observe a diferença:
A) “Aqui, nesta época, toda noite chove.”
Isso quer dizer que chove em todas as noites.
B) “Ontem choveu toda a noite.”
Isso significa que choveu durante a noite inteira.

“Meias-calça ou meias-calças?”
Embora meias-calças seja aceitável, o plural mais recomendável é MEIAS-CALÇA. Trata-se de um tipo de meia. O substantivo CALÇA exerce a função de adjetivo. Quando isso ocorre, o substantivo torna-se invariável, ou seja, não se flexiona nem em gênero nem em número.
“Meias calças” (sem hífen) poderiam ser “calças pela metade”, assim como “meias palavras”.

“Etc. ou etc.. ou etc…?”
Quando se termina uma frase, basta escrever “etc.” (com um ponto). Não é necessário usar dois pontos (=o segundo seria o ponto final). E usar reticências (três pontos) após o etc. é redundante: ou você usa o etc. ou as reticências.

“O cólera ou A cólera?”
É um caso polêmico. Não há uniformidade entre nossos gramáticos e professores. Alguns afirmam que cólera (doença ou raiva) é sempre um substantivo feminino; outros preferem a distinção: o cólera é doença; a cólera é raiva, ira. Eu gosto da diferença: o cólera (=doença) e a cólera (=raiva).
 Fonte: G1

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Você sabe se prevenir contra a meningite?

Cegueira, surdez e perda de olfato são algumas das consequências possíveis da meningite, mas existem muitas outras, já que o problema está relacionado ao sistema nervoso. "Os agentes causadores da meningite provocam a inflamação da meninge, ou seja, das membranas que revestem o sistema nervoso, desde a cabeça até base da coluna", explica o médico. A morte ocorre nos casos mais graves, em que o paciente não resiste às agressões. O teste abaixo ajuda você a ficar por dentro dos principais sintomas e das formas de contágio da doença, facilitando o diagnóstico precoce por parte dos especialistas.

Faça o teste no link abaixo:

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dicas de Português

AXADO ou TACHADO ?
1o) TAXADO vem de taxa (=tributo):
“A venda destes produtos foi TAXADA pelo governo.”
2o) TACHADO significa “acusado, considerado, qualificado, rotulado”:
“Ele foi TACHADO de ladrão.”

FLUIDO ou FLUÍDO?
“Minha dúvida é em relação à pronúncia da palavra FLUIDO, uma vez que não tem acento. Como se pronuncia corretamente? Com a sílaba tônica no “u” ou no “i”?”
1º) A palavra FLUIDO (= sem acento) é um substantivo. Devemos pronunciá-la com a sílaba tônica no “u”:
“Nesta casa, eu sinto bons FLUIDOS.”
“Acabou o FLUIDO do velho isqueiro do meu avô.”
2º) A palavra FLUÍDO (=com acento agudo no “i”) existe, mas é verbo. É o particípio do verbo FLUIR:
“Nos seus discursos, as palavras têm FLUÍDO com incrível facilidade.”
“A água tinha FLUÍDO pelo cano.”

De segunda à ou a sexta-feira?
O certo é “de segunda a sexta-feira”.
Não ocorre a crase porque não há artigo definido. Nesta frase, nós nos referimos a qualquer segunda-feira (=usamos apenas a preposição “de”) e a qualquer sexta-feira (=só existe a preposição “a”).
Se nos referíssemos a uma determinada segunda-feira e a uma determinada sexta-feira, haveria artigo definido e, consequentemente, ocorreria a crase: “O curso vai da próxima segunda à sexta-feira”.
A dica é a seguinte: “de…a (sem crase)”; “da…à (crase)”.
Observe outros exemplos:
“A reunião vai das 2h às 4h.”
“A reunião vai durar de duas a quatro horas.”
“Leia da página 5 à 10.”
“Leia de cinco a dez páginas por dia.”
“São alunos da 5a à 8a série.”

ACONTECE ou ACONTECERÁ?
“Os verbos não se conjugam mais no tempo futuro? Veja as redações abaixo: 1a) Do dia 9 a 14 de agosto ACONTECE em São Paulo a Feira Internacional; 2a) O evento, que é bianual, ACONTECE em São Lourenço.”
O leitor tem razão. Embora não seja erro, virou moda usarmos o verbo no presente como se fosse futuro. O melhor é usar o verbo no futuro: “A feira ACONTECERÁ…”, “O evento ACONTECERÁ…”
Agora, pior que usar o tempo presente como futuro é a chatíssima repetição do verbo ACONTECER. Nada mais SE REALIZA, tudo acontece. É um modismo a ser evitado. Sua excessiva repetição traduz pobreza vocabular.

COM ou CONTRA?
É frequente ouvirmos: “Brasil joga hoje à tarde COM a Holanda.”
O leitor tem alguma razão. O Brasil deve jogar CONTRA a Holanda.
É bom lembrar o velho exemplo do tênis:
1a) Se Guga vai jogar COM  Meligeni, teremos um jogo de duplas.  Guga e Meligeni vão jogar juntos, vão formar uma dupla.
2a) Se Guga vai jogar CONTRA Meligeni, teremos um jogo de simples. Guga e Meligeni serão adversários.

Um dos que FOI ou FORAM…?
Leitor quer saber: “Robinho é um dos que FOI CONVOCADO ou FORAM CONVOCADOS pelo técnico da nossa seleção?
Leitor me alerta: “Várias gramáticas e manuais de redação dizem: Quando o sujeito é o relativo QUE precedido da expressão UM DOS…, o verbo pode concordar na 3a pessoa do singular ou do plural, indiferentemente.”
Eu também pensava assim, mas hoje estou convencido que devemos usar o verbo sempre no plural. Você diria que “Robinho é um dos jogadores CONVOCADO”? É lógico que não. Se “Robinho é um dos jogadores CONVOCADOS”, devemos dizer que “Robinho é um dos que FORAM COVOCADOS pelo técnico da nossa seleção”.
O meu raciocínio é o seguinte: dentre os jogadores que FORAM CONVOCADOS para a seleção, Robinho é um deles.
Observe outro exemplo. Ninguém diria que “Lucas é um dos jogadores mais batalhador”. Se ele é um dos mais BATALHADORES, é porque “Lucas é um dos jogadores que mais BATALHAM”.
Portanto, adjetivo e verbo no plural.
Fonte: G1

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Alzheimer revertido pela primeira vez

Pela primeira vez, foi revertida a doença de Alzheimer em pacientes com a doença, há mais de um ano. Os cientistas usaram a técnica de estimulação cerebral profunda, que usa elétrodos para aplicar pulsos de eletricidade diretamente no cérebro.
p>Investigadores canadianos, da Universidade de Toronto, liderados por Andres Lozano, aplicaram estimulação cerebral profunda em seis pacientes.
Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer.
Nos outros quatro, foi parado o processo de deterioração.
Nos portadores de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher.
O centro de memória funciona no hipocampo, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo.
Desta feita, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.
Durante a investigação, a equipa de cientistas canadianos instalou os dispositivos no cérebro de seis pessoas que tinham sido diagnosticadas com Alzheimer, há, pelo menos, um ano.
Assim, colocaram elétrodos perto do fórnix, conjunto de neurónios que carregam sinais para o hipocampo, aplicando, depois, pequenos impulsos elétricos, 130 vezes por segundo.
Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento do hipótalamo de 5 por cento e, outro, 8 por cento.
Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida a doença.
Os cientistas têm, contudo, ainda de conhecer mais sobre o modo como a estimulação funciona no cérebro.