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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Brasileira usa protozoário da doença de Chagas em vacina contra o câncer

O Trypanosoma cruzi, protozoário que causa a doença de Chagas, pode ser a chave para a criação de uma vacina contra o câncer, segundo um estudo publicado por uma cientista brasileira na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (21). O trabalho é fruto da pesquisa de doutorado de Caroline Junqueira na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para entender como pode existir uma vacina contra o câncer, é preciso compreender primeiro como o corpo tenta se defender da doença. As células cancerosas produzem uma proteína chamada "antígeno tumoral", que as demais células não produzem. Quando o sistema de defesa do corpo percebe a presença dessa proteína, gera uma resposta direcionada contra ela.

“Um dos aspectos mais difíceis do combate ao câncer é induzir no sistema imunológico uma resposta eficiente e duradoura”, conta Ricardo Gazzinelli, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas. Foi ele o professor que orientou a pesquisa de Caroline Junqueira na UFMG.
As características do Trypanosoma cruzi levaram à sua adoção na pesquisa. “O que a gente sabe é que o T. cruzi produz uma resposta imune muito forte”, diz o pesquisador. “O tipo de resposta que ele induz é exatamente o mesmo que induz tumores”.

A equipe conseguiu desenvolver uma cepa – subtipo – bem mais fraca do protozoário, que não chega a provocar doença nem infecção, mas que induz uma resposta do corpo. Além disso, os cientistas promoveram uma alteração genética no T. cruzi.

Eles colocaram no protozoário o gene responsável pela produção de um antígeno tumoral chamado NY-ESO-1. Assim, o T. cruzi transgênico gera uma memória no sistema imunológico, que passa a destruir tumores rapidamente.

A técnica funciona não só na teoria, mas também nos testes com camundongos. Os animais que receberam a vacina ficaram protegidos contra o melanoma, um tipo de tumor de pele.
“Nós acreditamos que pode funcionar com outros tipos de tumores”, afirma Gazzinelli.

Diferentes tumores produzem diferentes tipos de antígenos. Segundo o pesquisador, uma vacina polivalente que inclua cinco antígenos deve proteger contra cerca de 90% dos cânceres.

“Isso pode dar uma luz de como se deve desenvolver uma vacina para o câncer”, conclui Gazzinelli, com a cautela que toda descoberta merece. “Se vai ou não passar para os testes em humanos ainda precisa ser discutido”.
Fonte: G1

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Médicos encontram ponto fraco de tumor agressivo de próstata


Um remédio que já está sendo testado para outros tipos de tumores é capaz de reduzir também uma variedade agressiva de câncer de próstata, segundo resultados apresentados nesta quinta-feira (17) pela Escola de Medicina de Weill Cornell, nos Estados Unidos, na revista especializada "Cancer Discovery".
O medicamento, de acordo com o grupo liderado por Mark Rubin, atinge o “calcanhar-de-Aquiles” de um tumor conhecido como “câncer de próstata neuroendócrino”. Embora ele corresponda a menos de 2% dos casos de tumor de próstata, é um dos tipos mais agressivos da doença.
Outro ponto importante é que tumores mais comuns na região costumam ser tratados com terapia hormonal. Na maioria deles, o tratamento reduz o câncer. Em alguns, no entanto, o hormônio pode fazer o tumor “virar” neuroendócrino.
A equipe descobriu uma vulnerabilidade genética nesse tipo de tumor. E uma vulnerabilidade genética para qual espera-se que tenhamos um tratamento a médio prazo.
Em testes em laboratório e em animais, a medicação foi capaz de reduzir o tamanho do tumor rapidamente. Agora, a equipe pretende testar sua eficácia em seres humanos.
Fonte:G1
 
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dicas de Português

 
OBRAS-PRIMAS ou OBRAS-PRIMA?


 O certo é OBRAS-PRIMAS.

Se a palavra composta, com hífen, é constituída de um substantivo e um adjetivo (ou adjetivo + substantivo), os dois elementos vão para o plural: altas-rodas, altos-fornos, altos-relevos, amores-perfeitos, batatas-doces, boas-novas, boias-frias, cabeças-chatas, cachorros-quentes, dedos-duros, guardas-civis, matérias-primas, meias-luas, meios-fios, ovelhas-negras, peles-vermelhas, puros-sangues…


DESMISTIFICAR ou DESMITIFICAR?
DESMISTIFICAR = “desfazer uma mistificação ou impostura. Desmoralizar-se, desmascarar-se.” (Dicionário Ilustrado da Língua Portuguesa, elaborado por Antenor Nascentes)
DESMITIFICAR = “desfazer a mitificação existente acerca de pessoa ou coisa.” (Dicionário Larousse)
Os dois verbos estão registrados no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, entretanto o verbo DESMITIFICAR não aparece em muitos dicionários.
A diferença prática, no meu modo de ver, é a seguinte:
DESMISTIFICAR é “acabar com uma farsa”;
DESMITIFICAR é “deixar de ser mito”.

 “ALUGA-SE ou ALUGAM-SE apartamentos?”
O certo é “ALUGAM-SE apartamentos”.
A presença da partícula apassivadora “SE” faz a frase ser passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do verbo(= apartamentos), e não quem pratica a ação de alugar. É o mesmo que eu dissesse que “apartamentos são alugados”.
Em “VENDE-SE este carro”, o verbo fica no singular porque o sujeito (=o carro) está no singular; em “VENDEM-SE carros usados”, o verbo vai para o plural porque o sujeito (=carros usados) está no plural. Correspondem a: “Este carro é vendido” e “Carros usados são vendidos”.

“PRECISA-SE ou PRECISAM-SE de operários?”
O certo é “PRECISA-SE de operários”.
Neste caso, a partícula “SE” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece obrigatoriamente no singular: “Necessita-se de profissionais competentes”; “Acredita-se em discos voadores”; “Aspira-se a grandes vitórias”.
É interessante notar a presença da preposição: “precisa-se de”, “necessita-se de”, “acredita-se em”, “aspira-se a”. Isso é uma indicação de que a partícula “se” é indeterminadora do sujeito.

Crase sem crise
1. Vou a casa ou à casa?
O certo é: “Vou a casa.”
A sua própria casa não “merece” artigo definido.
Observe: Se “você vem DE casa” ou se “você ficou EM casa”, só pode ser a sua própria casa.
OBSERVAÇÃO 1 – Qualquer outra casa vem antecedida de artigo definido. Isso significa que haverá crase:
“Vou à casa dos meus pais.” (=volto DA casa dos meus pais)
“Vou à casa de Angra.” (=volto DA casa de Angra)
“Vou à casa José Silva.” (=volto DA casa José Silva)
“Vou à casa do vizinho.” (=volto DA casa do vizinho)
“Vou à casa dela.” (=volto DA casa dela)
OBSERVAÇÃO 2 – Não haverá crase somente quando a palavra CASA estiver sem nenhum adjunto: “Ele ainda não retornou a casa desde aquele dia.”

Teste de ortografia

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase “Tive um ____ pressentimento, _________ não saí de casa.”
(a) mal – por isso; 
(b) mau – porisso; 
(c) mau – por isso; 
(d) mal – porisso.

Resposta do teste: letra (c). Um MAU pressentimento é contrário de um BOM pressentimento. Não esqueça o velho macete: MAU se opõe a BOM e MAL é o contrário de BEM. E você sabe quando é que se escreve “porisso” junto? Só quando você escreve errado. “Porisso” não existe. Devemos escrever POR ISSO sempre separado.
Fonte: G1

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dicas de Português

 
Um ou uma telefonema?

Telefonema é um substantivo masculino. Devemos, portanto, dar um telefonema.
As palavras terminadas em “-ema”, geralmente de origem grega, são masculinas: o problema, o estratagema, o trema, o telefonema…
Nem todas as palavras terminadas em “a” são femininas. Não esqueça que “a grama” é a relva e que “o grama” refere-se à massa (peso): mil gramas = um quilograma.
um telefonema para a mercearia e peça duzentos gramas de mortadela.


A NÍVEL DE ou EM NÍVEL DE?

Muitos leitores querem saber qual é a forma correta: “A nível de ou em nível de usuário de informática…”?
É a “famosa” dúvida de nada com coisa alguma. Não há “níveis”. Ninguém está se referindo ao “nível” dos usuários de informática.
Dependendo do restante da frase, poderíamos usar:
“Como usuário de informática…”
“Quanto ao usuário de informática…”
“Em referência ao usuário de informática…”
“Sendo usuário de informática…”
Quando houver “níveis”, podemos usar a forma “EM NÍVEL”:
“São problemas a serem resolvidos em nível federal.”
A expressão “a nível de” não passa de um modismo linguístico, totalmente desnecessário, principalmente por ser usado em situações em que não há “níveis”:
“O problema só será resolvido a nível de reunião” (basta: “só será resolvido em reunião”);
“O projeto ainda está a nível de discussão” (basta: “ainda está sendo discutido ou em fase de discussão”).

NÃO-CONFORMIDADE ou NÃO CONFORMIDADE?
Embora alguns autores contestem a tendência de usarmos o advérbio “não” no papel de prefixo, não podemos fechar os olhos à realidade.
Antes do novo acordo ortográfico, a tendência era seguir as seguintes regras:
1) “Quando o ‘não‘ funciona como autêntico prefixo, equivalente a ‘in-’, liga-se ao substantivo mediante hífen. Portanto: o não-conformismo, o não-comparecimento, a não-intervenção, o não-pagamento, a não-quitação, a não-flexão.
2) Quando, porém, o ‘não‘ antecede adjetivo não há hífen. Portanto: não descartável, não durável, não flexionado, não resolvido…”
Assim sendo, o correto era NÃO-CONFORMIDADE com hífen, pois conformidade é substantivo.
Essa polêmica toda acabou. O novo acordo ortográfico decretou o fim do hífen com o elemento “não”, seja advérbio de negação ou fazendo papel de prefixo.
Devemos escrever sem hífen: organização não governamental, tratado de não agressão, diante do não pagamento, o relatório apresentou muitas não conformidades…

DISPONIBILIZAR?

“Afinal, disponibilizar virou verbo, ou não? Ou trata-se de mais um modismo que com o tempo acaba incorporando-se à língua, sem lembrarmos mais da origem?”
A dúvida se devia ao fato de, embora muito usado, principalmente no meio empresarial, não haver registro do tal verbo em nossos dicionários. Não aparecia nem Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Academia Brasileira de Letras em 1998.
O problema acabou. As novas edições de nossos dicionários e a última edição do VOLP registram finalmente o verbo DISPONIBILIZAR (= tornar disponível).


MELHOR ou MAIS BEM?
Leitora pergunta: “O certo não é usar, antes de particípio, mais bem e mais mal em vez de melhor e pior ?”
Este caso é polêmico. Para alguns autores, o certo é “melhor distribuídos”; outros afirmam que o certo é “mais bem distribuídos”; e há ainda os que dizem que é um caso facultativo.
Costumo não reduzir o caso a uma discussão de certo ou errado. Para agilizar o nosso trabalho, simplificamos o fato: diante de qualquer particípio, devemos usar “mais bem” ou “mais mal”.
Como ninguém diria que “Ronaldinho é o jogador brasileiro melhor pago” ou que “o trabalho foi pior feito”, preferimos usar “mais bem” e “mais mal” diante de qualquer particípio: “Ronaldinho é o jogador brasileiro mais bem pago”, “O trabalho foi mais mal feito”, “Ele está mais bem preparado”, “O corredor mais bem colocado”…
Assim sendo, a nossa leitora tem razão em sua crítica. Devíamos ter escrito: “Negócios serão mais bem distribuídos”.

Fonte: G1

domingo, 6 de novembro de 2011

Conheça os alimentos que curam doenças

O poder dos alimentos para manter a saúde é comprovado, mas nem sempre a gente valoriza o que põe no prato. Problemas como insônia e TPM podem ser aliviados com o cardápio certo. CLAUDIA traz aqui recomendações de profissionais da nutrição. “Como cada organismo é único, porém, nem todos reagem da mesma maneira”, diz o homeopata Paulo Rosenbaum, autor de Novíssima Medicina (Organon). “Se os sintomas persistem, o acompanhamento médico é indicado para individualizar o tratamento.”

Rinite alérgica
Ambientes fechados ou floriculturas são armadilhas para os alérgicos. O acúmulo de pó e o pólen das flores provocam espirros e coriza porque a mucosa nasal inflama e produz secreção para proteger o organismo. A nutricionista e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori, de São Paulo, sugere o consumo de abacaxi e agrião. “Chamamos de alimentos mucolíticos: possuem substâncias que quebram o muco e facilitam a respiração.”
Azia e gases
Uma xícara de chá de alecrim pela manhã reduz sintomas de azia. Sandra Chemin, do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, e autora do Tratado de Alimentação, Nutrição & Dietoterapia (Roca), explica que as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias da erva protegem a mucosa estomacal. O alecrim ou espinheira-santa em infusão são ótimos para aliviar gases.

Colesterol
A maçã tem pectina, fibra que auxilia na diminuição do colesterol plasmático, um dos principais responsáveis por problemas cardiovasculares. E uma colher de aveia no cardápio diminui a absorção de gorduras e favorece sua eliminação. Mas Sandra adverte: colesterol alto exige corte radical de gorduras. Elimine frituras e troque o leite integral pelo desnatado, por exemplo.

Hipertensão
Entre os fatores que podem provocar o aumento da pressão arterial, está a rigidez da parede das veias, dificultando a circulação sanguínea. Cigarro, stress, excesso de gordura e de sal podem disparar o problema. Andrea Bottoni, coordenador da equipe de nutrologia da Unidade Anália Franco do Hospital São Luiz, em São Paulo, aconselha a controlar o consumo de sódio, lembrando que “o sal está presente em alimentos industrializados e embutidos”. Vanderlí sugere incluir frutas vermelhas e amarelas no cardápio.

Cólicas
Uma xícara de chá de losna é a salvação para cólicas menstruais. A planta é encontrada em farmácias especializadas e tem óleos com capacidade anti-inflamatória e analgésica. Outra boa pedida é o chá de arruda.

Intestino preso
O segredo é ingerir fibras. Abóbora cozida, semente de linhaça e brócolis são ótimas fontes. As folhas verdeescuras, como escarola e almeirão, têm inulina, uma das fibras mais eficazes no estímulo da função intestinal. Para quem gosta de mingau, o farelo de aveia é uma opção. Andrea Bottoni lembra que a principal causa do intestino preso é a má alimentação. “Troque salgadinhos, como esfiha, por frutas ou hortaliças.”

Insônia e ansiedade
Os alimentos não têm o poder de curar a insônia, mas podem aliviar o problema, com a ajuda do triptofano. Esse aminoácido, presente nas proteínas, quando associado ao carboidrato, favorece a produção de serotonina, neurotransmissor que participa da produção de melatonina, hormônio indutor do sono. O conselho é incluir arroz e pão integrais, leite, nozes e lentilha no cardápio. Contra a ansiedade, uma receita saborosa: misture banana-nanica e iogurte – ambos contêm triptofano, que age como um calmante natural.

Desânimo
Pode parecer clichê, mas a melhor injeção de ânimo é um café da manhã completo. Uma mesa com cereais, fibras e frutas (frescas ou secas) pode ajudar a “acordar” a glândula suprarrenal, responsável pela regulação do cortisol, hormônio associado ao stress. Para estimular a oxigenação dos tecidos e garantir o entusiasmo, nas demais refeições inclua ferro e vitamina B, com alimentos como lichia e verduras de folhas escuras.

Tensão pré-menstrual
“Estudos comprovam os efeitos benéficos dos derivados da soja, como tofu, leite de soja ou missô, ingrediente da culinária japonesa, para suavizar as mudanças hormonais”, afirma Rosenbaum. Vanderlí sugere também adicionar frutas vermelhas ao lanche. Os dois grupos de alimentos auxiliam no equilíbrio do estrógeno e amenizam os sintomas da TPM. Sandra propõe complementar a dieta com fontes de vitamina B6, como batata, banana e cereais integrais, além de cálcio, encontrado no leite e derivados, e magnésio, presente nas castanhas.

Depressão
“O regime alimentar, nesse caso, precisa servir como estímulo para a pessoa voltar à vida criativa”, diz Rosenbaum. O homeopata destaca a importância de investigar a origem do problema, como anemias. Para evitar a falta de vitaminas e minerais, que acelera o processo depressivo, recomenda o consumo de frutas. A boa notícia para algumas pessoas é que chocolate amargo tem o mesmo papel. Ele contém anandamida, substância que diminui a sensação de tristeza e reduz os níveis de hormônio do stress.
Fonte: abril.com.br

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Teste clínico mostra benefícios do vinho à saúde pela primeira vez

Uma substância natural encontrada no vinho apresenta benefícios para pessoas obesas, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (2) pela revista científica "Cell Metabolism" (metabolismo celular, em inglês). O trabalho foi feito por uma equipe da Universidade Maastricht, na Holanda.

Conhecido pelo nome resveratrol, o ingrediente do vinho foi testado em 11 pessoas acima do peso ideal, mas saudáveis. Elas receberam 150 miligramas da substância durante 30 dias. Os médicos mediram os gastos de energia dos participantes da pesquisa e o quanto eles conseguiam armazenar e queimar gorduras.

Estudos anteriores em animais já tinham demonstrado que o resveratrol reduz a resistência à insulina e protege contra os efeitos nocivos de uma alimentação rica de calorias. O uso da substância teve o efeito comparável ao de dietas controladas nas cobaias. Porém, nunca os benefícios haviam sido testado em humanos.

Os pesquisadores afirmam o resveratrol consegue fazer o corpo gastar menos energia ao melhorar o funcionamento do metabolismo e da saúde do obeso. O resultado é a presença menor de gordura no fígado, níveis mais baixos de açúcar na circulação e uma pressão sanguínea reduzida. Os participantes do estudo também apresentaram mudanças na forma como os músculos "queimavam" calorias do organismo.

As mudanças no metabolismo causadas pelo resveratrol não causaram efeitos colaterais, segundo os cientistas holandeses. A escolha dos participantes se deu por conta do risco que eles apresentam para o surgimento de diabetes tipo 2. Nos estudos futuros, o grupo espera descobrir como o resveratrol age em pessoas que já tenham desenvolvido a doença.

Ainda não se sabe com certeza se o fato de uma pessoa queimar menos calorias é bom ou ruim, mas os pesquisadores acreditam que as células dos participantes da pesquisa passaram a operar de maneira mais eficiente.
Fonte:G1

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Por causa de vazamento, Justiça anula 13 questões do Enem 2011

A Justiça Federal no Ceará decidiu na noite desta segunda-feira (31) anular 13 questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011. Segundo o juiz Luís Praxedes da Silveira, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) deve desconsiderar esses itens na hora da correção.
Ficam anuladas as seguintes questões no caderno amarelo e suas correspondentes nos outros cadernos: 32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87, do primeiro dia; 113, 141, 154, 173 e 180, do segundo dia.

Fonte: UOL

Câncer de laringe tem cura em 80% dos casos

De acordo com dados do IBGE, são diagnosticados cerca de 10 mil casos de câncer de laringe no Brasil por ano. "A laringe é o órgão responsável pela nossa respiração e fala, além de impedir que os alimentos entrem nas vias respiratórias", explica Anderson Silvestrini, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

Também conhecido como câncer de cabeça-pescoço, a doença que acometeu o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tem como sintomas a rouquidão e uma pequena dor na garganta, que pode chegar ao ouvido. O vice-presidente da Sociedade Franco-Brasileira de Oncologia, Christian Domange, afirma que a dor é parecida com a sensação de comer peixe e ficar com um espinho atrapalhando a garganta. "Se a dor persistir, deve ser procurado auxílio médico adequado", diz.

Depois de identificado, o câncer pode ser tratado de diversas formas, de acordo com a gravidade do tumor. Entenda mais sobre a doença e o que os especialistas dizem sobre ela: 

1) Como se confirma o diagnóstico?
Após a manifestação dos sintomas, o ideal é visitar um otorrinolaringologista, que fará uma laringoscopia - exame de rotina para doenças de laringe ou faringe.

"Na maioria dos casos, o especialista identificará apenas uma inflamação, mas pode encontrar também um câncer", conta o oncologista Christian. Uma vez detectado o tumor, o otorrino fará uma biópsia - procedimento cirúrgico no qual se colhe uma amostra de tecidos para que o médico possa determinar o estágio de evolução da doença.

2) Como é feito o tratamento?
"Os tratamentos para câncer de laringe sempre visam preservar o órgão da melhor maneira possível e dependem do grau de evolução da doença", diz Anderson Silvestrini. Podemos separar o câncer em três estágios distintos e seus diferentes tratamentos:

Estágio inicial: quando o tumor é dito "confinado" - concentra-se em regiões menores da laringe - ainda é possível retirá-lo fazendo a ressecção da lesão, que consiste em uma endoscopia com laser. Segundo o oncologista Anderson, esse procedimento é para tumores em estágios extremamente iniciais.

Caso a ressecção não seja mais possível, é feito um tratamento com radioterapia exclusiva. De acordo com a especialista em câncer de cabeça-pescoço Aline Lauda, presidente da Sociedade de Oncologia de MG, a radioterapia é um tratamento local, no qual o paciente é submetido a ondas de radiação ionizante apenas na área a ser curada, e essas ondas destroem as células tumorais. 

Estágio Intermediário: para câncer de laringe em estado intermediário, o tratamento pode ser feito com radioterapia associada à quimioterapia - nesse caso, o paciente recebe três doses de cisplatina (medicamento injetado para a quimioterapia) em intervalos de vinte dias. Durante esse intervalo, o indivíduo é submetido a sessões diárias de radioterapia, de segunda à sexta-feira. "Essa é a dose padrão do tratamento, que dura de sete a oito semanas", explica o presidente da SBOC Anderson Silvestrini.

Para um estágio ainda intermediário, mas um pouco mais avançado da doença, é necessário fazer a quimioterapia exclusiva seguida de radioterapia associada à quimioterapia. "Essa quimioterapia inicial dura cerca de três meses, sendo cinco dias seguidos de tratamento quimioterápico a cada 21 dias de descanso", diz o oncologista Christian Domange.  

Estágio avançado: nos casos graves de câncer de laringe, o mais indicado é a cirurgia de laringectomia total, que consiste na retirada da laringe, deixando o que os especialistas chamam de traqueostomia, que é um pequeno buraco em baixo da garganta. "O inconveniente dessa cirurgia é que o paciente perde a capacidade de fala da forma natural, tendo que reaprender a falar usando o ar do estômago", explica o oncologista Christian. Outras complicações decorrentes da laringectomia incluem dificuldade de deglutição e respiração. 

3) Existem cuidados que devem ser tomados durante o tratamento?
A quimioterapia e a radioterapia podem gerar mucosite - lesão das células da mucosa na garganta, causando dor para engolir, pequenas feridas e aftas na boca - náuseas, vômitos, queda da imunidade e perda de peso.

Por conta desses problemas, a especialista Aline Lauda conta que é importante tomar cuidado com a ingestão de alimentos muito ácidos - para não piorar o quadro de aftas -, tomar medicamentos contra enjoos e vômitos, ingerir suplementos alimentares para tratar a perda de peso e tomar um cuidado especial com a alimentação fora de casa, a higiene dos alimentos ingeridos e a permanência em lugares muito cheios - para diminuir o risco de contaminações por vírus e bactérias. "É importante também manter a alimentação o mais nutritiva possível e cuidar de outros fatores, como o sono adequado, para não causar mais quedas na imunidade", alerta Aline.  

4) Quais são as chances de cura?
De acordo com os especialistas, o câncer de laringe responde muito bem ao tratamento, sendo grandes as chances de cura total. A taxa de cura nos casos de radioterapia e quimioterapia associadas ou radioterapia exclusiva são de 80%, sendo que, em 70% dos casos, a laringe é inteiramente preservada.

Nos casos de laringectomia total, as chances de cura total do câncer caem para 40% a 50% dos casos. Já em estágios iniciais, nos quais é necessária apenas a cirurgia local, as chances de cura são de 90%.  

5) Existem fatores de risco? Quais?
"Fumar é a principal causa do câncer de laringe e as chances de incidência aumentam em 40 vezes quando o fumo é associado à bebida alcoólica", conta o oncologista Anderson Silvestrini. "Uma pequena concentração desse tipo de câncer pode estar relacionada ao HPV, mas o fumo e o álcool são de longe as principais causas", completa.

As chances aumentam para pessoas que fumam e ingerem álcool porque esses hábitos reduzem a proteção natural da mucosa e causam uma multiplicação celular desordenada. 

Fonte: G1